Após quase 90 anos de serviços prestados à Polícia Militar de São Paulo, o "canela seca" aposentou-se das ruas. Também chamado pelos praças e oficiais como "três-oitão", o revólver calibre 38 deixou de ser usado oficialmente em janeiro passado. A informação é de reportagem de Rogério Pagnan publicada na Folha desta quinta-feira (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).
O revólver deu lugar à pistola .40, uma arma de uso restrito --não é vendida para civis--, mais moderna e eficiente, afirma o comando da polícia. Segundo o comandante-geral da PM, Álvaro Camilo, o novo armamento tem um maior poder de impacto contra o criminoso e, ao mesmo tempo, com menor risco de o projétil transfixar o alvo e acertar terceiros.
Especialistas em armamentos elogiam a "eficácia" da pistola .40 nas ruas. "Polícias do mundo inteiro estão optando pela .40 ou pela 45. (...) Para forças policiais, o .40 é um calibre "pau-pra-toda-obra'", diz Lincoln Tendler, editor-chefe da revista "Magnum", especialista em armamentos.
O especialista em segurança pública Paulo Sette Câmara critica a mudança. Para ele, a polícia deveria concentrar os investimentos em armas não letais porque a maioria das ocorrências da polícia é de casos simples.
A PM não informou o valor investido desde 1999 na compra de pistolas .40. A corporação também não informou o que foi feito com os revólveres agora aposentados.
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