Sargento PM fala sobre o filho Camisinha e faz acusações contra a polícia
O sargento da Polícia Militar Luiz Carlos Moreira Cruz, conversou por cerca de 20 minutos com o CORREIO, em tom de desabafo.
Luciana Rebouças | Redação CORREIO luciana.reboucas@redebahia.com.br
Parceiros no crime e na hora da morte, os traficantes Luís Fernando Anunciação da Cruz, 22 anos, conhecido como Camisinha, e Tiago Coitinho Macedo da Silva, 22, apontado pela polícia como seu comparsa, tiveram seus corpos sepultados quase ao mesmo tempo, no final da manhã de ontem, no Cemitério Municipal de Brotas.
Os dois foram mortos em confronto com a polícia na madrugada de sexta, no início da operação policial de ocupação do Nordeste de Amaralina. O corpo do outro suspeito morto, Aldemir dos Santos Costa, 21, também foi liberado pelo Instituto Médico-Legal Nina Rodrigues para o Cemitério de Quinta dos Lázaros, mas até o final da tarde não havia sido enterrado.
Desabafo Durante o velório do corpo de Camisinha, seu pai, o sargento da Polícia Militar Luiz Carlos Moreira Cruz, conversou por cerca de 20 minutos com o CORREIO, em tom de desabafo. Muito comovido, Cruz não segurou as lágrimas ao lembrar de ‘Nando’, como ele chamava o filho, e contou que Camisinha foi um bom menino que teria se perdido por causa da maconha. “A gente tentou livrar ele das drogas. Cheguei a internar ele, mas tem horas que a malandragem abraça ele mais do que a gente”, contou o pai, chamado de Luizão.
Acusação Segundo Cruz, Camisinha foi morto com um tiro na cabeça e outro no peito esquerdo. Ele acusa os policiais que invadiram a casa de seu filho, na Rua da Alegria, de terem executado o traficante. Cruz atesta ainda que, após a morte de Camisinha, os policiais cercaram a sua casa e não permitiram que ele saísse pra ver o que acontecia.
Parceiros no crime e na hora da morte, os traficantes Luís Fernando Anunciação da Cruz, 22 anos, conhecido como Camisinha, e Tiago Coitinho Macedo da Silva, 22, apontado pela polícia como seu comparsa, tiveram seus corpos sepultados quase ao mesmo tempo, no final da manhã de ontem, no Cemitério Municipal de Brotas.
Os dois foram mortos em confronto com a polícia na madrugada de sexta, no início da operação policial de ocupação do Nordeste de Amaralina. O corpo do outro suspeito morto, Aldemir dos Santos Costa, 21, também foi liberado pelo Instituto Médico-Legal Nina Rodrigues para o Cemitério de Quinta dos Lázaros, mas até o final da tarde não havia sido enterrado.
Desabafo Durante o velório do corpo de Camisinha, seu pai, o sargento da Polícia Militar Luiz Carlos Moreira Cruz, conversou por cerca de 20 minutos com o CORREIO, em tom de desabafo. Muito comovido, Cruz não segurou as lágrimas ao lembrar de ‘Nando’, como ele chamava o filho, e contou que Camisinha foi um bom menino que teria se perdido por causa da maconha. “A gente tentou livrar ele das drogas. Cheguei a internar ele, mas tem horas que a malandragem abraça ele mais do que a gente”, contou o pai, chamado de Luizão.
Acusação Segundo Cruz, Camisinha foi morto com um tiro na cabeça e outro no peito esquerdo. Ele acusa os policiais que invadiram a casa de seu filho, na Rua da Alegria, de terem executado o traficante. Cruz atesta ainda que, após a morte de Camisinha, os policiais cercaram a sua casa e não permitiram que ele saísse pra ver o que acontecia.
"A gente tentou livrar ele das drogas. Cheguei a internar ele, mas tem horas que a malandragem abraça ele mais do que a gente", declarou o pai de Camisinha
De acordo com uma nota emitida pela Secretaria da Segurança Pública, investigações apontam que o policial “contribuía com as ações criminosas” do filho. Durante a conversa, o sargento defendeu Camisinha, dizendo que ele “não era o monstro que a mídia divulgava” e que esta imagem era ruim para seus irmãos mais novos. Para Cruz, sua família está destruída.
Enterro O velório foi seguido por muitos moradores do Nordeste. Parada em pé embaixo de uma árvore, uma senhora acenava e cumprimentava os vizinhos. Sem se identificar, ela afirmou que viu Tiago Coitinho crescer. “Sempre me dava bom dia, eu dava bom dia. Até pensei em falar para ele sair do Nordeste, dar um tempo de lá, porque vi que a barra estava ficando pesada”, contou.
Os corpos de Camisinha e Tiago foram velados dentro da mesma capela, mas o sepultamento do primeiro foi conduzido por um pastor evangélico que faz parte da igreja cujos cultos eram frequentados por Camisinha esporadicamente.
Duas equipes da Polícia Militar ficaram postadas em frente ao cemitério durante o velório e muitas pessoas demonstraram tensão ao ver os policiais, mas eles afirmaram que não realizariam nenhum tipo de ação durante o sepultamento.
Buscas por traficantes continuam no Nordeste
No segundo dia de operações, a polícia continuou em busca de traficantes no Nordeste de Amaralina, Vale das Pedrinhas, Santa Cruz e Chapada do Rio Vermelho. De acordo com o comandante da operação, coronel Mozart, entre a noite de sexta e a manhã de ontem, 252 homens de diferentes companhias (como a Garra, Rondesp, Choque, Esquadrão Águia e Rotamo) participaram das incursões nos bairros.
Segundo ele, desde a sexta, 214 pessoas foram abordadas. As buscas foram feitas ainda em seis bares, 85 veículos de quatro rodas, 15 táxis, 102 motocicletas e cinco ônibus. Dentre as ocorrências, houve uma troca de tiros, mas “sem maiores consequências”, segundo a polícia.
O tiroteio ocorreu entre três homens e policiais na Rua São Gerônimo, mais conhecida como Marinho da Hora, em Santa Cruz, por volta das 23h da sexta. “São grupos pequenos que entram para enfrentar. Mas eles atuam na covardia, evacuam rapidamente e se escondem”, diz o coronel.
Um balanço de apreensões, feitas juntas com as prisões dos 27 suspeitos detidos na sexta, resultou em mais de quatro revólveres, sendo três calibres 32 e um 38. O coronel informou que saiu com uma caminhonete carregada de produtos apreendidos como: sete televisores (três deles de LCD), quatro computadores, uma moto desmontada, muitos pares de tênis e outros produtos roubados.
O tiroteio ocorreu entre três homens e policiais na Rua São Gerônimo, mais conhecida como Marinho da Hora, em Santa Cruz, por volta das 23h da sexta. “São grupos pequenos que entram para enfrentar. Mas eles atuam na covardia, evacuam rapidamente e se escondem”, diz o coronel.
Um balanço de apreensões, feitas juntas com as prisões dos 27 suspeitos detidos na sexta, resultou em mais de quatro revólveres, sendo três calibres 32 e um 38. O coronel informou que saiu com uma caminhonete carregada de produtos apreendidos como: sete televisores (três deles de LCD), quatro computadores, uma moto desmontada, muitos pares de tênis e outros produtos roubados.
Também foram apreendidas 160 pedras de crack, 44 papelotes de cocaína e 300g de maconha. Para Mozart, o objetivo agora é fazer “uma limpeza”, já abrindo a área para a implantação da Base Comunitária de Segurança, o que acontecerá ainda esse ano. “Os efetivos já estão sendo capacitados para este tipo de trabalho”, reforça.
Ontem, a Secretaria da Segurança Pública do Estado confirmou que dentre as 27 pessoas conduzidas na sexta para o Departamento de Narcóticos (Denarc), durante a operação, está o traficante Alan Valentim Pena Tavares, mais conhecido como Alan Gordo, que tinha mandado de prisão expedido. Um adolescente também foi apreendido ao ser flagrado com pedras de crack e foi encaminhado para a Delegacia do Adolescente Infrator. O coronel Mozart destacou ontem que há mais 30 mandados de prisão, sendo quatro deles para outros chefões do tráfico de drogas na região.
A intenção é continuar com a “operação pesada” até amanhã, mas o policiamento não deixará a região. São mais de 60 áreas de saída para fechar o Nordeste de Amaralina e o coronel Mozart acrescenta que existem 16 pontos de barreiras policiais. Mozart explicou que os policiais agora procuram os pontos de entrada nos esgotos, rota de fuga que permitiu a tentativa de fuga de 16 homens que foram capturados na sexta-feira na praia do Buracão, no Rio Vermelho. O balanço final da operação será apresentado amanhã, na sede da Secretaria da Segurança.
Ontem, a Secretaria da Segurança Pública do Estado confirmou que dentre as 27 pessoas conduzidas na sexta para o Departamento de Narcóticos (Denarc), durante a operação, está o traficante Alan Valentim Pena Tavares, mais conhecido como Alan Gordo, que tinha mandado de prisão expedido. Um adolescente também foi apreendido ao ser flagrado com pedras de crack e foi encaminhado para a Delegacia do Adolescente Infrator. O coronel Mozart destacou ontem que há mais 30 mandados de prisão, sendo quatro deles para outros chefões do tráfico de drogas na região.
A intenção é continuar com a “operação pesada” até amanhã, mas o policiamento não deixará a região. São mais de 60 áreas de saída para fechar o Nordeste de Amaralina e o coronel Mozart acrescenta que existem 16 pontos de barreiras policiais. Mozart explicou que os policiais agora procuram os pontos de entrada nos esgotos, rota de fuga que permitiu a tentativa de fuga de 16 homens que foram capturados na sexta-feira na praia do Buracão, no Rio Vermelho. O balanço final da operação será apresentado amanhã, na sede da Secretaria da Segurança.
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