Informação policial e Bombeiro Militar

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

PM instaura inquérito para apurar violência durante abordagem a jovem



São Paulo

De A Tribuna On-line
Créditos: Repodução/Facebook

A história se repete. A Polícia Militar voltou chamar a atenção depois que um rapaz, de 18 anos, ficou gravemente ferido durante uma abordagem - que tinha tudo para ser de rotina - ocorrida na última semana. O suspeito, confundido com um ladrão de farmácia, tornou-se vítima após os soldados o atropelarem com uma viatura da Base Comunitária Móvel e descobrirem, em seguida, que ele não era o criminoso que estavam procurando. De resultado final, uma ferida profunda no abdômen, um processo contra o Estado e um inquérito instaurado que pode levar os envolvidos à Corregedoria. 

"Eu não tinha feito nada. Muito menos escutei a ordem de parada, se é que ela aconteceu", alega Luís Felipe Schmidt Soares de Oliveira. Tudo ocorreu na terça-feira, dia 20, no entorno da Escola Estadual Olga Cury, na Aparecida. "Foi exatamente às 19 horas. Tinha acabado de sair do trabalho e voltava para o BNH, onde moro com minha mãe, meu irmão, meus avós e meus tios. Quem viu o que aconteceu também ficou indignado", relata. O jovem, que acabou de se formar, trabalha como entregador de galão de água. 

O rapaz foi atingido pela viatura no cruzamento da Rua Ministro João Mendes com a Rua Alexandre Fleming. O episódio foi registrado por várias testemunhas, já que era entrada e saída de dois colégios (um estadual e particular) que ficam naquela região. Como forma de evitar uma possível fuga do suspeito, os policiais decidiram por se chocar à bicicleta que o jovem pedalava, o que resultou no atropelamento. O choque fez com que uma pedra pontiaguda perfurasse a barriga dele e diversas partes do corpo fossem queimadas pelo atrito dele com o asfalto.

Luis Felipe admite que, em outra ocasião, ele já havia sido abordado por policiais, foi revistado, mas nada comparado ao procedimento adotado naquela noite. "Estava frio e eu estava de touca. Talvez esse seja o motivo de eles terem vindo atrás de mim. Além disso, eu estava com fone de ouvido escutando música", lembra. O jovem acredita que o certo seria a viatura ter sido colocada a frente dele e não ter o atropelado. "Que me fechassem, mas não precisavam vir com ela (a viatura pra cima de mim). A minha bicicleta ficou destruída".

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