Igor Natusch
A ocupação de grupos indígenas e quilombolas na Praça da Matriz, iniciada na quinta-feira (29), terminou em meio a confusão e violência em Porto Alegre. Por volta das 15h30 de sexta-feira (30), após um grupo de pessoas se aproximar do Palácio Piratini, bombas foram lançadas pela Tropa de Choque da Brigada Militar.
A intervenção teria ocorrido após a aproximação de um pequeno grupo de manifestantes revoltados com o não cumprimento de uma garantia do governo gaúcho. Representantes do governo haviam prometido encaminhar um ofício com as medidas que seriam tomadas para a demarcação de terras indígenas e quilombolas no RS, o que não havia ocorrido até aquele momento.
O grupo, de cerca de dez a quinze pessoas, derrubou parte da grade que cercava a entrada principal do Palácio Piratini. Em seguida, a BM fez uso de bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral – segundo testemunhas, balas de borracha também teriam sido disparadas. Por parte dos manifestantes, lanças e pedras foram arremessadas contra a polícia em meio à confusão.
Pelo menos quatro integrantes da ocupação – entre eles crianças – foram encaminhados a hospitais de Porto Alegre. A reportagem do Sul21 estava presente no local quando um idoso foi levado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ao Hospital de Pronto Socorro (HPS), com sintomas de intoxicação por gás. Vídeo registrado pela equipe da revista O Viés mostra o início das ações.
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