Policiais militares de toda a Região Metropolitana de Belém realizaram diligências, na madrugada de ontem, para localizar os outros suspeitos de envolvimento na morte do soldado da Polícia Militar Cláudio da Cruz Rodrigues de Lima, de 34 anos, durante uma tentativa de assalto, ocorrida na noite da última quinta-feira (27), no bairro do Marco, em Belém. Um dos suspeitos morreu ao trocar tiros com a PM.
Segundo informações, Edno da Silva Costa, de 18 anos, conhecido como “Gordo”, foi detido dentro do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua, após dar entrada com ferimentos causados por um tiro efetuado pelo soldado Cruz Lima, no momento que reagiu ao assalto. Ele foi reconhecido pelas testemunhas como um dos criminosos que atirou no PM e foi detido.
De acordo com o tenente Ademir, do 1º Batalhão de Polícia Militar (BPM), “um dos suspeitos de envolvimento no crime, identificado apenas como “Pelezinho”, de idade desconhecida, acabou morto em uma troca de tiros com policiais da Ronda Tática Metropolitana (Rotam), no bairro da Cabanagem”. Ele ainda chegou a ser socorrido, mas morreu após dar entrada no hospital.
O tenente informou que o terceiro suspeito seria um homem identificado apenas como “Marcelo”, que até o final da madrugada de ontem permanecia foragido. Conforme testemunhas, ele estaria com a pistola Ponto 40 do soldado morto.
Além dele, a polícia suspeita que teria uma quarta pessoa envolvida na tentativa de assalto ao PM, mas que ainda não teve o nome, foto e/ou apelido identificados. De acordo com investigações, o quarto suspeito seria o motorista do veículo que deu fuga aos criminosos, que seria um Fiat Mille, cor branco, tipo táxi.
O caso foi registrado na Central de Flagrantes da Seccional Urbana de São Brás. De acordo com o delegado Antônio Jorge, assim que Edno recebesse alta médica do hospital, ele seria conduzido para prestar depoimento e ser encaminhado para a Central de Triagem de São Brás.
OUTROS ENVOLVIDOS FORAM PRESOS
Na tarde de ontem, policiais militares detiveram os dois últimos envolvidos na morte do soldado PM Cláudio da Cruz Rodrigues de Lima. Carlos Eduardo Santos, vulgo Tchetché, 28 anos, foi preso na residência da mãe, no bairro do Guamá, pelo cabo PM Alcino e pelo soldado Bernardo, do 20º Batalhão. O taxista Helon Frederico da Conceição, que serviu como piloto de fuga aos suspeitos após o crime, foi preso pelo cabo J. Carlos, no bairro da Sacramenta. Eles foram apresentados na Delegacia do Marco, inclusive o veículo usado no crime. Eles foram reconhecidos pela esposa da vítima.
Na delegacia, o taxista alegou que foi feito refém pelos suspeitos, que o obrigaram a dar fuga após terem vitimado o soldado. No entanto, os policiais militares descartaram a versão e disseram que o condutor ainda conduziu Edno da Silva Costa, o “Gordo da Cabanagem”, ao hospital Metropolitano, já que havia sido atingido no braço pela vítima, e o mesmo foi prestar ocorrência policial somente ontem, um dia após o fato. “Por que ele não fez uma ocorrência na polícia após a situação? Inclusive, ele poderia ter feito isso no próprio hospital, já que lá possui um posto policial”, ponderou o cabo J. Carlos.
A maior prova do envolvimento de Helon no caso se deu quando os policiais, ao revistarem o veículo usado na fuga, encontraram a pistola ponto-40 que os suspeitos roubaram do PM após o terem executado. Além disso, o taxista lavou e arrancou o banco traseiro do carro para remover o sangue do “Gordo da Cabanagem”, levado por ele ao hospital Metropolitano. “Isso prova que ele estava querendo apagar as provas do envolvimento dele”, completou J. Carlos.
Em relação a Carlos Eduardo Santos, o Tchetché, ele confirmou a participação no crime, mas se isentou da autoria do disparo que teria ceifado a vida do soldado Cruz. O suspeito tinha passagem na polícia por porte ilegal de arma, e já teria sido preso pela vítima, mas a polícia não soube informar se ele agiu por vingança contra o policial. “Isso não podemos afirmar”, disse o cabo Alcino, do 20º Batalhão da PM, que efetuou a prisão do suspeito.
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