Ação em UPPs foi patrocinada por facção criminosa de São Paulo
MARCO ANTÔNIO MARTINS
DO RIO
22/03/2014
Informações coletadas pelas agências de inteligência do governo federal e da Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro indicam que há seis meses vem sendo elaborado um plano de ataques às UPPs (Unidade de Polícia Pacificadora) na cidade.
A ação, segundo esses dados, conta com o financiamento da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) e a participação de policiais corruptos.
O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, recebeu relatos e investigações que mostram que os ataques só se concretizaram com a evolução dessas duas pontas.
Desde o dia 12 de março, os ataques eram esperados. No dia 16, havia a informação de que poderiam ocorrer simultaneamente em vários pontos da capital.
Daniel Marenco/Folhapress | ||
Policiais no morro do Mandela, na zona norte, onde UPP foi incendiada anteontem à noite |
Como a Folha revelou há uma semana, as ordens saíram de presídios federais e de unidades prisionais do Rio. Os chefes do Comando Vermelho estão nos presídios federais de Catanduvas (PR) e de Porto Velho (RO).
A Polícia Civil já tem informações de que as ordens foram enviadas para quatro traficantes do Comando Vermelho (CV): Cláudio José Fontarigo, 43, o Claudinho da Mineira; Ricardo Chaves Lima, 42, o Fu; Bruno Eduardo Procópio, 33, Piná; e Luís Cláudio Machado, 39, o Marreta.
Segundo a polícia, esse grupo reuniu traficantes no morro do Chapadão, na zona norte do Rio, e traçou os planos dos ataques.
Das 37 UPPs instaladas, 32 ficam em áreas que, anteriormente, eram dominadas pelo Comando Vermelho.
Com territórios ocupados, sem armas e com os seus chefes em presídios federais, os traficantes em liberdade foram em busca de apoio.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
PCC NO RIO
Dados da própria Secretaria de Segurança e do Ministério Público de São Paulo mostram que o PCC pretende montar uma base no Rio.
A Polícia Federal tem informações de que, semanalmente, traficantes do Comando Vermelho se reúnem com integrantes do PCC nas favelas de Nova Holanda e Parque União, no Complexo da Maré, zona norte da cidade.
A área ainda não tem UPP e é considerada estratégica por estar localizada junto às linhas Amarela e Vermelha e à avenida Brasil, principais acessos ao centro do Rio.
Nesses encontros seriam acertados o envio de drogas, o fornecimento de armas e de dinheiro para financiar ações dos traficantes.
Com armas fornecidas pelo PCC, o CV começou a armar comunidades já com UPPs, diz a polícia.
Fonte: Folha de S. Paulo
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