A PF suspeita que 11 homicídios que ocorreram em Fortaleza nos últimos meses tenham ligação direta com a quadrilha
Apreensão realizada pela PF
Um ex-soldado da Polícia Militar (PM) é acusado de chefiar
uma quadrilha que assassinava policiais em Fortaleza. A Polícia Federal (PF)
prendeu o PM na operação que foi deflagrada contra fraudes bancárias cometidas
por duas organizações criminosas que causaram prejuízo de R$ 9 milhões à Caixa
Econômica Federal (CEF). Em coletiva de imprensa, a PF informou que
chegou aos homicídios cometidos pelo PM após sua prisão, mas não detalhou
sobre essa acusação.
A PF suspeita que 11 homicídios que ocorreram em Fortaleza
nos últimos meses tenham ligação direta com a quadrilha. Segundo a PF, o bando
cometia crimes de latrocínio (assalto seguido de morte) e roubo a mão armada.
Ao todo, 10 pessoas foram presas na capital cearense.
A operação ocorreu no Ceará, em mais cinco estados (São
Paulo, Piauí, Maranhão, Alagoas, Paraíba) e no Distrito Federal. Chamada de
Cártula - referente a título de crédito ou cheque -, a operação apreendeu,
entre outras coisas, cartões de crédito, talões de cheque, máquinas de cartão,
carimbos e bananas de dinamite.
A ação da PF tem como objetivo cumprir 52 mandados
judiciais; 10 mandados de prisão preventiva; 11 mandados de busca e apreensão;
e 31 mandados de condução coercitiva, além do sequestro de imóvel, veículos e
contas bancárias.
Esta foi a primeira investigação da PF, que teve início em
outubro do ano passado, com base em um sistema nacional de bancos de dados
criado para cruzar informações bancárias. O novo método verificou a incidência
de crimes de estelionato e lavagem de dinheiro na modalidade clonagem de
cheques.
Segundo a PF, os grupos criminosos utilizavam documentos
falsos para a abertura de contas bancárias na Caixa Econômica. Outro método de
atuação era a cooptação de titulares de contas bancárias existentes para que
permitissem o uso das mesmas no esquema ilegal.
“A fraude consistia na obtenção de folhas de cheques
originais. Posteriormente, os criminosos inseriam dados falsos com alteração da
numeração. Para a compensação dos cheques fraudados, eles faziam uso das contas
abertas irregularmente ou através das contas bancárias dos terceiros cooptados,
que as cediam mediante pagamento em dinheiro”, disse a PF em nota.
Violência
De acordo com a PF, as investigações revelaram também que as
quadrilhas agiam com violência e grave ameaça para manter o domínio e controle
de suas atividades. Os líderes das duas organizações criminosas possuem vasta
folha de antecedentes com a prática de crimes de homicídios, latrocínio e
assalto a mão armada.
Cooperação da CEF
Ainda segundo a PF, a CEF ajudou a Polícia na colheita dos
dados bancários e com a decretação judicial de afastamento do sigilo bancário,
o que foi decisivo para identificar os grupos criminosos.
O POVO Online entrou em contato com assessoria da Caixa
Econômica, que esclareceu que as informações sobre eventos criminosos são
repassadas exclusivamente às autoridades policiais. "A Caixa esclarece que
está contribuindo com o trabalho de investigação da Polícia Federal",
disse a Caixa em nota.
Redação O POVO Online com informações do repórter Bruno de
Castro
Nenhum comentário:
Postar um comentário
O autor desse Blog não se responsabiliza pelos comentários aqui postado. Sendo de inteira responsabilidade da pessoa que o fez as consequências do mesmo.