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sábado, 22 de março de 2014

Policias Militares prometem o ‘Dia do Basta’ caso Silval não aprove aumento salarial de ‘Praças’


Da Redação - Priscilla Silva
Foto: Arquivo Pessoal
Policias Militares prometem o ‘Dia do Basta’ caso Silval não aprove aumento salarial de ‘Praças’
O governador Silval Barbosa (PMDB) deve apreciar nos próximos dias o cálculo de impacto financeiro do aumento salarial solicitado pelos praças - soldados, cabos, sargentos e subtenentes - para evitar uma manifestação dos policiais. O balanço foi entregue na quinta-feira (20) e o governador tem até o dia 4 de abril para pronunciar sobre o assunto. Além do subsídios, a classe também quer a aprovação do novo Plano de Cargos, Carreiras e Salário (PCCS) da categoria.


Desde o final de 2013, os policias reivindicam por melhorias salariais através de um movimento denominado “50% do salário do coronel para os subtenentes”. A ‘agitação’ começou a se fortalecer em janeiro deste ano, que é quando se vive as vésperas de uma disputa eleitoral e uma Copa do Mundo.

Foi através das redes sociais como o Facebook, os policias iniciaram o movimento “50% do salário do coronel para os subtenentes”. O cabo da Polícia Militar Elizeu Nascimento está entre os representantes do movimento dos ‘50%’, em que os praças solicitam que a remuneração de um subtenente seja 50% a de um coronel, majorando assim o subsídio para cerca de R$ 9.100.

Nascimento também lembra que as associações de cabos e soldados e de sub-tenentes e sargentos de Cuiabá enviaram apenas o plano de carreira ao governador, e, não incluíram o aumento de 50%. “Através da luta de membros do 50% foi que conseguimos fazer com que o governador também apreciasse o 50%”, afirma.

Questionado sobre um possível aquartelamento dos policias militares, Elizeu negou a possibilidade da adoção dessa medida, porém, não descartou o aumento da pressão ao governo “Aquartelamento não, mas caso não aprove algo daremos seguimento o plano que vem sendo discutido através das redes sociais, o dia do Basta”, adiantou o cabo.

Conforme Elizeu, o movimento corresponderia a um dia de conscientização dos militares, seus familiares e amigos a renegarem um governo Estadual que vai contra aos interesses da categoria e que permite um que o salário dos praças seja o 4º pior salário do Brasil. “O troco será dentro dos direitos democráticos legais [ nas urnas]”, ameaçou Elizeu.

Atualmente o salário inicial de um coronel da PM é um pouco mais de R$ 18.300, enquanto o de subtenente é de aproximadamente R$ 5.900. Elizeu também lembra que, de acordo com um estudo realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o salário dos praças em Mato Grosso é o quarto pior do Brasil, enquanto ao dos coronéis é o segundo melhor do país. 

Eleições 2014

Em 2010 e 2012, o cabo da Polícia Militar, Elizeu Nascimento, foi um dos apoiadores do atual Governo Estadual, tendo, inclusive, e candidatado à vereador pelo PMBD, atual governo. Porém, a insatisfação do policial o fez mudar de posição. “Eu sou um dos que já estão conscientizando meus amigos e familiares a não votarem em quem não nos valorizam”, assevera.

De acordo com Nascimento, cerca de 15 mil praças militares já aguardam a aprovação do 50% ao sub-tenente e caso não ocorra, a classe realizará um “protesto eleitoral”. Ainda segundo ele, serão cerca de 150 mil pessoas que darão um ‘Basta’ votando contra os deputados estaduais da atual gestão, e, igualmente contra todos os indicados pelo Governo. 
“Todos eles serão afetados com prejuízo de votos caso não seja aprovada a lei que nos devolva o salário digno que tínhamos, 50% ao sub-tenente atrelado ao soldo do coronel”, reintera.

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