Após um confronto entre policiais militares e professores na última quinta-feira (24), em Belém, o promotor militar Armando Brasil informou que vai pedir abertura de inquérito para investigar a conduta dos PMs durante a manifestação dos professores em frente ao prédio da Secretaria de Estado de Educação (Seduc). Na ocasião, homens da Polícia Militar usaram spray de pimenta contra os docentes.
Os professores da rede estadual do Pará decidiram em assembleia na última quinta-feira (24), manter a greve que chega ao 32º dia nesta sexta-feira (25). O prédio da Secretaria de Estado de Educação, na avenida Augusto Montenegro, continua ocupado por um grupo de trabalhadores. Uma reunião está marcada para as 10h desta sexta, no Ministério Público, entre o Governo do Estado e o sindicato da categoria, que retomam as negociações.
Confusão 
A confusão começou quando professores tentavam levar comida e água para os grevistas que ocupam o prédio. Imagens da TV Liberal mostram que a polícia usou spray de pimenta contra todos.
O promotor militar analisou as imagens e informou que vai determinar a abertura de um inquérito para apurar a conduta dos policiais.
“De quem partiu a ordem e de quem cumpriu esta ordem de proibir a entrada de água, de alimentos, que são elementos essenciais básicos para a sobrevivência de um ser humano? Vou expedir ofício para a editoria da Polícia Militar, para que seja instaurado um inquérito policial militar com um prazo de 40 dias para a conclusão. Diante disso, o oficial encarregado vai decidir o procedimento a se tomar”, afirma o promotor militar Armando Brasil.
O Ministério Público Estadual recomendou que o governo corte o ponto dos grevistas e desconte os dias parados.