SP: polícia começa liberar detidos em protesto; parte tem antecedentes
29 de outubro de 2013 | 07h57 | atualizado às 09h27
Protesto contra morte de jovem bloqueou Fernão Dias em São Paulo na segunda-feira
Foto: Beto Martins / Futura Press
A Polícia Civil começou a liberar na manhã desta terça-feira os presos suspeitos de envolvimentos nos atos de vandalismo durante o protesto de moradores de Jaçanã, na zona norte de São Paulo, que interditou a rodovia Fernão Dias. Segundo a rádio CBN, pelo menos 27 das 90 pessoas detidas têm antecedentes criminais.
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Até as 7h30, 25 haviam sido liberados. A polícia investiga se dois suspeitos são foragidos do sistema prisional. Ontem foi o segundo dia de protestos na região contra a morte de um jovem morto a tiro por um policial militar da Vila Medeiros, no domingo.
De acordo com a Polícia Militar, uma pessoa também foi baleada durante um saque a uma loja na avenida Milton Rocha, na Vila Medeiros. Segundo a corporação, alguns participantes do protesto estavam armados e efetuaram disparos de arma de fogo. Um pedestre que passava pelo local no momento foi ferido por um tiro e socorrido por policiais militares da Força Tática ao Hospital São Luis Gonzaga (PS Jaçanã). O estado de saúde dele não foi informado.
A polícia informou também que seis ônibus e três caminhões foram incendiados durante o protesto na rodovia. O protesto, conforme a PM, começou depois do enterro do jovem. Pelo menos quatro ônibus lotados levaram familiares e amigos ao velório. No entanto, segundo a corporação, a manifestação no Jaçanã foi iniciada por outro grupo, que não compareceu ao sepultamento. Na madrugada, a Fernão Dias foi completamente liberdada na região.
Jovem é morto por PM
De acordo com a Polícia Militar, na tarde do domingo vários policiais foram ao bairro Jaçanã para atender um incidente, quando, após tentar revistar dois suspeitos, houve um "disparo acidental" que atingiu o adolescente Douglas no tórax, por volta das 14h30. O jovem foi socorrido e levado ao Hospital Jaçanã, onde morreu, e o PM responsável pelo disparo, Luciano Pinheiro Bispo, 31 anos, foi preso "acusado de flagrante delito por homicídio culposo".
Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), testemunhas afirmaram na delegacia que o tiro pareceu acidental, já que apenas um disparo foi feito. A arma do PM foi apreendida e a perícia realizada no local. O policial foi encaminhado ao presídio militar Romão Gomes.
O caso foi registrado no 73º Distrito Policial (Jaçanã), mas encaminhado ao 39º DP (Vila Gustavo), onde será investigado.
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