Governo chega a acordo para aumento salarial após violência aterrorizar moradores desde a noite de terça
iG São Paulo | - Atualizada às
Uma onda de saques e roubos se espalhou pela segunda maior cidade da Argentina em meio a uma greve da polícia por maiores salários que, segundo o governador, na verdade teria como causa sua revelação dos bordéis que fornecem um fluxo de dinheiro para oficiais corruptos.
A violência em Córdoba começou na noite de terça-feira e continuou na manhã desta quarta, com as vitrines de lojas sendo quebradas, multidões roubando mercadorias, assaltantes atacando pessoas nas ruas e vigilantes se armando para proteger suas casas. Mais mercados e uma van de transmissão de TV foram atacados na manhã desta quarta, mesmo enquanto oficiais e autoridades provinciais começavam as negociações para pôr fim à greve.
O governador José Manuel De la Sota anunciou ao meio-dia local (13 horas em Brasília) que chegou a um "acordo" com os policiais para que retomem "rapidamente" suas tarefas.
De acordo com funcionários de hospitais, a violência deixou ao menos um morto a tiro e mais de cem feridos, a maioria por vidros quebrados. Antes de iniciar as negociações com a polícia, De la Sota afirmou que 56 pessoas foram presas. Após anunciar o acordo, o governador disse que "perseguirá todos os delinquentes e saqueadores".
De la Sota afirmou ter oferecido um aumento de 52% aos policiais, incluindo bônus por horas extras e pelo trabalho nas ruas, em um total de 12,6 mil pesos por mês, o que caracterizou como "o melhor salário de polícia na Argentina", de acordo com o jornal Voz del Interior. A quantia corresponde a US$ 2.044 mensais na cotação oficial ou a cerca de US$ 1.350 na cotação do mercado oficial, que muitos argentinos consideram ser a medida mais confiável do valor do seu dinheiro.
Miguel Ortiz, um advogado representando a polícia, disse que o governador aceitou "verbalmente" a demanda da categoria por uma salário um pouco maior - 13 mil pesos.
De la Sota também descreveu a greve como uma resposta da polícia à sua decisão de fechar 140 bordéis que fornecem renda para oficiais corruptos. "Sabemos que este, que é um negócio terrível, está vinculado ao tráfico de drogas e nos traria problemas mais cedo ou mais tarde", afirmou.
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De la Sota, um político rival da presidente Cristina Kirchner que há muito tempo reclama de que é negada à sua província sua parte nos recursos nacionais, retornava da Colômbia quando a violência começou. Ele disse que a presidência rejeitou seus apelos iniciais por ajuda.
O chefe de gabinete Jorge Capitanich negou ter rejeitado quaisquer pedidos de de assistência e afirmou que o governo nacional vinha monitorando a situação enquanto o governador estava fora do país. Segundo ele, De la Sota tentava transferir a culpa por um problema que era de sua total responsabilidade.
O chefe de segurança nacional Sergio Berni anunciou que 2 mil policiais de fronteira seriam enviados a Córdoba na tarde desta quarta para ajudar a restaurar a ordem.
*Com AP e informações do jornal Clarín
Para todos verem o quanto a policia (em quanto todos juntos) tem força! Agora as associações não querem ver isso não é!!!!!
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