Está decidido. Policiais Militares e Bombeiros decidiram, em Assembleia Geral realizada no início da noite de hoje na Federação dos Trabalhadores da Indústria do Estado do Maranhão (Fetiema), na Praça da Bíblia, paralisarem suas atividades por tempo indeterminado, por conta da insensibilidade e do descaso do governo Roseana Sarney com as duas categorias.
Neste momento os militares encontram-se na Assembleia Legislativa, depois de realizarem carreatas pelas ruas da cidade. Outras cidades como Imperatriz, Bacabal e Timon também já aderiram ao movimento. Alguns policiais já teriam inclusive sidos detidos, o que só fez estimular ainda mais o movimento.
No início da tarde foi distribuído no Quartel do Comando Geral da Polícia Militar do Maranhão, no Calhau (São Luís), ofício convocando todos os militares que trabalham no administrativo para retornarem às 15 horas para cumprirem outro expediente de trabalho.
A manobra, típica do governo Roseana Sarney, era uma tentativa de impedir a participação dos policiais na Assembleia Geral. Alguns ficarem detidos, inclusive sem alimentação onde foi proibida a entrada e saída.
Delegados da Polícia Civil e Agentes Penitenciários também entrarão em greve e engrossarão o movimento paredista dos militares.
Cerca de 200 homens da Força Nacional, atendendo a solicitação da governadora Roseana Sarney, já estão em São Luís, alojados no Castelinho e no 24º Batalhão de Caçadores, e deverão “substituir” os militares nos presídios e nas ruas.
Governo não cumpre acordo
Durante reunião realizada no último dia 8 entre os representantes das categorias com o presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, Arnaldo Melo (PMDB), e parlamentares da Casa, os policiais militares e os bombeiros suspenderam o movimento de paralisação até hoje, dia 23 de novembro.
Na ocasião, ficou o compromisso do governo, intermediado pela Assembleia, de apresentar uma proposta de acordo, o que suspendeu temporariamente a paralisação.
Entretanto, a governadora Roseana Sarney decidiu que a política salarial de policiais e bombeiros militares seguirá no bojo de um projeto geral para todo o funcionalismo, a ser encaminhado à Assembléia, até o início do ano que vem. Ou seja, sem data definida e fora do prazo estipulado no acordo, o que acabou resultando na paralisação.
Nota: Este blog continua à disposição dos policiais militares e bombeiros. Quem quiser se manifestar ou desejar mandar informações pode continuar entrando em contato através dos e-mails: johncutrim@hotmail.com e johncutrim@jornalpequeno.com.br ou pelo telefone (98) 8811-9540.
Reivindicação dos policiais e bombeiros
1 – Reposição das perdas salariais de 2009 a 2011; 30% mais TR (inflação acumulada do ano anterior) em cada ano de 2012 a 2015 previsto no PPA (Plano Plurianual); cumprimento do escalonamento transitado e julgado na 4ª Entrância da vara de Fazenda;
2 – Fim do Regulamento Disciplinar do Exército (RDE) e implantação do Código de Ética Profissional dos Policiais e Bombeiros Militares;
3 – Modificação dos critérios de promoção e reorganização do quadro de oficiais e oficiais especialistas com o quadro de oficiais técnico complementar (QOTC);
4 – Definição da jornada de trabalho em 44 horas semanais, adicional noturno e pagamento de hora extra;
5 – Anistia a todos os participantes do movimento reivindicatório, inclusive as lideranças do movimento;
6 – Eleição do Comandante Geral da PM/BM em uma lista tríplice;
7 – Criação de uma Comissão Permanente de Negociação, com a participação de todas as entidades militares.
Fonte: Jornal Pequeno e Blog do Diniz K-9
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