Informação policial e Bombeiro Militar

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Copa teve média de um jornalista agredido por dia pela Polícia Militar


Portal EBC* -



Protesto Polícia Jornalistas
Protesto Polícia Jornalistas (Tomaz Silva/Agência Brasil)
Brasília - A cobertura de protestos durante a Copa do Mundo 2014 terminou com um saldo de 38 casos de prisões, agressões e detenções envolvendo 36 profissionais da comunicação durante a cobertura de manifestações de 12 de junho a 13 de julho de 2014, segundo levantamento feito pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). No total, 35 repórteres, fotógrafos e cinegrafistas foram alvo de violência policial , o que dá uma média de um jornalista agredido por dia durante o período da competição.
Confira a cobertura completa da Copa
Seguindo o padrão observado desde junho do ano passado, a maioria das violações (89%) partiu da polícia. Dentre estas, 52% foram intencionais - ou seja, o comunicador se identificou como profissional a serviço ou portava identificação à vista. As demais agressões partiram de manifestantes e de seguranças privados da FIFA", comunicou a entidade por meio de nota publicada em seu site.
De acordo com o relato das vítimas, 22 casos de agressão por parte de agentes de segurança pública foram propositais. O protesto realizado no último domingo (13) no Rio de Janeiro, onde foi realizada a final da Copa,concentrou o maior número de ocorrências contra os comunicadores: 14 casos de agressão, todas de autoria da polícia, oito delas teriam sido propositais, segundo registro da Abraji.
Os relatos de jornalistas dão conta de que, durante os protestos, policiais avançaram contra os profissionais de comunicação com chutes, socos, cassetetes, balas de borracha, bombas de gás e spray de pimenta; confiscou e destruiu equipamentos de fotografia e vídeo, violou a privacidade de celulares e computadores para coletar informações e interrompeu transmissões ao vivo de coletivos independentes de mídia. 
"Os casos evidenciam o uso desproporcional de força por parte da polícia durante manifestações e o desrespeito ao direito fundamental da liberdade de expressão. Agressões deliberadas contra comunicadores configuram atos diretos de censura e não podem ser tolerados. A Abraji insta as autoridades responsáveis a apurar e punir com rigor os autores desse tipo de violação, sejam agentes de segurança ou manifestantes", considera a Abraji.
* Com informações da Rede Brasil Atual
  • Direitos autorais: Creative Commons - CC BY 3.0

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