Policiais são condenados a 17 anos por formação de quadrilha e homicídio

Fernando Braga
Lilian Tahan
Dois agentes da Polícia Civil foram condenados pelo Tribunal do Júri do Distrito Federal a 17 anos de prisão por associação em quadrilha e pela morte do técnico em informática, Claúdio Ribeiro, ocorrida há 12 anos. Marcos Fernandes, Ricardo Cardoso e outras 15 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público como responsáveis por uma série de crimes ocorridos entre 1998 e 2000, dentre eles, um assalto à fazenda do empresário Wagner Canhedo e diversos outros roubos de computadores em empresas de engenharia, postos de gasolina e colégios.

O julgamento teve início na quinta-feira (16/8), mas a setença só foi conhecida neste domingo (19/8). Fernandes e Cardoso deverão cumprir a pena em regime fechado. Cristina Del’Isola, mãe de Maria Cláudia Del’Isola, jovem que foi assassinada e enterrada debaixo da escada de casa em 2004, esteve presente na plateia do Tribunal do Júri. Um dos agentes acusados, Ricardo Cardoso, foi quem achou o corpo da estudante.

Segundo a denúncia do MPDFT, insatisfeitos com a participação de Cláudio no bando e receosos de uma delação, os dois policiais resolveram matar o técnico em informática. Os acusados resolveram, então, combinar um novo crime com Cláudio e pediu que ele os encontrasse por volta das 23h, no KM 6, da DF-335. A vítima, sem desconfiar de seus comparsas, foi atingida por vários disparos de arma de fogo e morreu no local.

Por Correio Braziliense