Informação policial e Bombeiro Militar

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Comandante Geral chama o apoio da Força Nacional de ‘ínfimo’,

Distrito Federal

Força Nacional no DF é importante, mas apoio será ‘ínfimo’, diz PM

Comandante-geral da corporação não foi consultado sobre reforço. A partir de setembro, 133 homens vão combate tráfico e roubo de carros
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29/08/2012

Por Rafaela Céo

Do G1 DF

O comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Suamy Santana, afirmou na manhã desta quarta-feira (29) que o apoio da Força Nacional no DF será importante, mas ‘ínfimo’ diante da realidade da segurança pública local.
Ao todo, 133 agentes da Força Nacional trabalharão no DF a partir de setembro. Eles atuarão no controle de veículos em barreiras que serão montadas nas 39 saídas do DF para as cidades do Entorno, informou o Secretário de Segurança, Sandro Avelar, durante anúncio do reforço, na manhã desta quarta. Essa é a primeira vez que homens da Força Nacional vão agir no DF.
“Se vier um, se vierem dois, está bom, se a comunidade ajudar, está bom [...]Considerando a escala 12/48 [12 horas de trabalho, 48 de folga], serão 20 homens a mais por dia em atuação por dia. É um apoio importante, mas é ínfimo dentro da realidade da segurança pública.” Ele disse ainda que, diante da quantidade de policiais da Força Nacional, não é possível considerar o reforço como uma “ação de choque”.
A Polícia Militar do Distrito Federal tem 15,2 mil homens. Por dia, cerca de 2,7 mil circulam nas ruas em atividade de policiamento ostensivo.
Santana comentou que não foi consultado sobre a atuação da Força Nacional no DF e que o reforço não altera o trabalho da PM. “A Polícia Militar não participou desse processo de negociação e estudo. Como essa foi uma decisão técnica e não afeta, em hipótese alguma, o policiamento da cidade, eu não fui consultado.”
O comandante acrescentou que o anúncio do reforço da Força Nacional causou um mal-estar na corporação. “Não houve um mal-estar pela decisão, mas na interpretação. O policial que está lá na ponta, se esforçando, dando o seu melhor, pode não entender, em um primeiro momento, que não é uma intervenção.”
O secretário Sandro Avelar disse que a divulgação da atuação da Força Nacional não causou desconforto com as polícias Civil e Militar. “Nossa prioridade é a população do DF. A gente não pode ficar preocupado com esse tipo de melindre.” Segundo ele, os quadros de ambas as entidades estão defasados e o objetivo é reforçá-los em mil homens a cada ano até 2014.
Ciclo de violência
Para o coronel Suamy Santana, o tráfico de drogas tem relação estreita com os roubos de carros com restrição de liberdade. Ele explicou que o combate policial faz com que o pequeno traficante, em débito com os maiores fornecedores, busque alternativas para quitar suas dívidas.
“A pressão que fazemos contra o tráfico aumenta os índices de homicídio por acerto de contas por causa de dívidas. O indivíduo pressionado também acaba puxando [roubando] carro para quitar essas dívidas.”
A Secretaria de Segurança Pública calcula que entre os dias 1º e 24 de agosto, o Distrito Federal teve 42 casos de sequestros-relâmpago. Na última na quarta (22), a filha do ministro da Pesca, Marcelo Crivella, foi vítima do crime na quadra 408 Sul. A jovem conseguiu escapar em Ceilândia, mas os bandidos levaram o carro.

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