PMs do Ceará questionam falta de acesso ao texto que concede reajuste
PMs não vão parar de novo, a não ser que sejam 'traídos', diz presidente.
Governo promete encaminhar na próxima semana mensagem à Assembleia.
Giselle DutraDo G1 CE O presidente da Associação dos Praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros do Ceará (Aspramece), Pedro Queiroz, disse ter ficado "decepcionado" por não ter visto nada escrito durante a reunião ocorrida na tarde desta sexta-feira (3) com representantes do governo do estado para tratar das mensagens que serão encaminhadas à Assembleia Legislativa.
A mensagem trata de acordo que pôs fim a greve dos Policiais Militares do Ceará na madrugada do dia 4 de janeiro. "Fiquei decepcionado. Ninguém teve acesso a nenhum documento. Eles apenas falaram, verbalizaram que as mensagens estão quase prontas", reclamou.
O secretário de Planejamento e Gestão do Estado, Eduardo Diogo, informou que as mensagens do Executivo com as medidas acertadas com os policiais serão encaminhadas na próxima semana para aprecisação da Assembleia Legislativa.
Apesar da insatisfação declarada, o presidente da associação afirmou que a categoria está "em situação de aguardar o governo" e que não predisposta a parar novamente. "Claro que se porventura o governo trair a categoria do que ficou acertado, é possível, mas não tem nada previsto para isso", afirmou.
Como resultado do encontro, o governo solicitou, segundo Queiroz, que a Aspramece encaminhe uma proposta de código de ética para evitar o assédio moral. "Eu fiquei de entregar até a sexta-feira que vem para a Seplag para fins de análise", afirmou.
'Ações mais concretas'
Queiroz disse que esperava ver ações mais concretas na reunião que durou cerca de três horas, e reclamou que ainda será realizada uma outra reunião com o comando geral da Polícia Militar para tratar do reajuste do vale alimentação. Uma nova reunião está marcada para o dia 5 de março entre representantes do governo com os dos policiais.
Outro ponto que gera desconfiança entre os PMs é a questão da anistia aos que participaram da paralisação. "Eu esperava mais do governo, coisas mais palpáveis, como por exemplo o texto para autorizar o controlador geral a não instaurar os procedimentos administrativos. A gente não viu a mensagem", reclamou o presidente da Aspramece.
De acordo com o secretário de planejamento e gestão do estado, Eduardo Diogo, o governo só pode dar anistia "exclusivamente" na área administrativa e garantiu que será enviada uma mensagem à Assembleia Legislativa que extingue processos abertos a partir de novembro.
Esperar
No entanto, Queiroz afirmou que os representantes do governo prometeram encaminhar as mensagens sobre reajuste para serem apreciadas pelos deputados na próxima semana e que iriam articular com a base aliada para que tenha trâmite em regime de urgência e já seja incorporada na folha de pagamento deste mês.
A mensagem encaminhada à Assembleia pelo governo do estado, segundo o secretário Eduardo Diogo, consta a incorporação da gratificação de R$ 920,18 do turno da noite ao salário base de todos os 24.653 policiais militares e bombeiros, sendo retroativo a 1º de janeiro de 2012. Desses, 22.587 são o efetivo da PM. "A gratificação era variável e ficou incorporado o mesmo valor à remuneração para todos", explicou o secretário.
Fonte: G1 Ceará
A mensagem trata de acordo que pôs fim a greve dos Policiais Militares do Ceará na madrugada do dia 4 de janeiro. "Fiquei decepcionado. Ninguém teve acesso a nenhum documento. Eles apenas falaram, verbalizaram que as mensagens estão quase prontas", reclamou.
O secretário de Planejamento e Gestão do Estado, Eduardo Diogo, informou que as mensagens do Executivo com as medidas acertadas com os policiais serão encaminhadas na próxima semana para aprecisação da Assembleia Legislativa.
Apesar da insatisfação declarada, o presidente da associação afirmou que a categoria está "em situação de aguardar o governo" e que não predisposta a parar novamente. "Claro que se porventura o governo trair a categoria do que ficou acertado, é possível, mas não tem nada previsto para isso", afirmou.
Como resultado do encontro, o governo solicitou, segundo Queiroz, que a Aspramece encaminhe uma proposta de código de ética para evitar o assédio moral. "Eu fiquei de entregar até a sexta-feira que vem para a Seplag para fins de análise", afirmou.
'Ações mais concretas'
Queiroz disse que esperava ver ações mais concretas na reunião que durou cerca de três horas, e reclamou que ainda será realizada uma outra reunião com o comando geral da Polícia Militar para tratar do reajuste do vale alimentação. Uma nova reunião está marcada para o dia 5 de março entre representantes do governo com os dos policiais.
Outro ponto que gera desconfiança entre os PMs é a questão da anistia aos que participaram da paralisação. "Eu esperava mais do governo, coisas mais palpáveis, como por exemplo o texto para autorizar o controlador geral a não instaurar os procedimentos administrativos. A gente não viu a mensagem", reclamou o presidente da Aspramece.
De acordo com o secretário de planejamento e gestão do estado, Eduardo Diogo, o governo só pode dar anistia "exclusivamente" na área administrativa e garantiu que será enviada uma mensagem à Assembleia Legislativa que extingue processos abertos a partir de novembro.
Viaturas com pneus vazios, em Fortaleza(CE),
durante greve dos Policiais Militares no estado.
(Foto: Jarbas Oliveira/AE/AE)
durante greve dos Policiais Militares no estado.
(Foto: Jarbas Oliveira/AE/AE)
No entanto, Queiroz afirmou que os representantes do governo prometeram encaminhar as mensagens sobre reajuste para serem apreciadas pelos deputados na próxima semana e que iriam articular com a base aliada para que tenha trâmite em regime de urgência e já seja incorporada na folha de pagamento deste mês.
A mensagem encaminhada à Assembleia pelo governo do estado, segundo o secretário Eduardo Diogo, consta a incorporação da gratificação de R$ 920,18 do turno da noite ao salário base de todos os 24.653 policiais militares e bombeiros, sendo retroativo a 1º de janeiro de 2012. Desses, 22.587 são o efetivo da PM. "A gratificação era variável e ficou incorporado o mesmo valor à remuneração para todos", explicou o secretário.
Fonte: G1 Ceará
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