Publicado em: 15/02/2012 06:59:52
Em assembleia, militares decidem trabalhar voluntariamente no Carnaval de Sergipe
A Assembléia dos policiais realizada nesta terça-feira, contou com a presença de um grande número de militares que lotaram as dependências do Clube. A assembleia foi conduzida pelo deputado estadual Capitão Samuel Barreto (PSL) e pelas Associações Unidas, e serviu para avaliar o movimento, transmitir informações à categoria e tomar novas decisões.
As associações informaram aos militares que as negociações continuavam acontecendo, e que na tarde desta segunda-feira, 13, líderes das entidades juntamente com o deputado Capitão Samuel estiveram reunidos com o deputado federal Rogério Carvalho, que se colocou à disposição para atuar como interlocutor entre a classe e o governo. Rogério se comprometeu a dialogar com algumas autoridades, inclusive a tentar um diálogo diretamente com governador Marcelo Déda, e pediu um prazo de quinze dias para dar um retorno às associações acerca dessas conversas por conta da aproximação do período carnavalesco.
Outro fator importante que influenciou as deliberações da assembleia dos militares foi a publicação no dia de ontem, 13, no Boletim Geral Ostensivo (BGO) nº 028 da Polícia Militar, de um ofício expedido e assinado pelo governador Marcelo Déda. No documento o governador pede celeridade na conclusão dos estudos acerca dos anteprojetos das leis de organização da Polícia Militar (LOB), Polícia Civil e Corpo de Bombeiros, além dos regimes disciplinares e outras normas relativas a essas instituições.
O governador Marcelo Déda ainda solicita no mesmo ofício que os anteprojetos sejam encaminhados até o final de fevereiro, a fim de que o governo possa ter tempo hábil para encaminhá-los à Assembleia Legislativa em março e sancioná-los até o dia 21 de abril. Segundo as associações, é a primeira vez que o governador se compromete por escrito com os pleitos da categoria, inclusive estipulando prazos.
Diante desses fatos novos, os militares decidiram em assembleia geral que irão manter o movimento Tolerância Zero, mas que em nome da sociedade sergipana irão trabalhar voluntariamente durante o carnaval, ainda que em escalas extraordinárias. Segundo o presidente da Aspra, sargento Alexandre Prado, a decisão da categoria tem como fundamento o fato de que o carnaval é uma festa popular, financiada com recursos públicos e aberta a todo o público, indistintamente, diferentemente de uma festa público/privada, onde grupos empresariais se utilizam de espaços e recursos públicos (humanos, materiais e até financeiros) para aferir lucros exorbitantes.
Já o vice-presidente da Aspra, sargento Anderson Araújo, informou que o movimento dos militares sempre foi e será pautado na legalidade, e que a voluntariedade dos militares para trabalhar no carnaval é um gesto de respeito ao povo sergipano. No entanto, nas situações em que o Estado estiver cometendo qualquer ilegalidade os militares manterão a mesma postura. Os policiais permanecerão sem conduzir viaturas que estejam em situação irregular e os companheiros que não possuem uniforme continuam aguardando que o Estado cumpra o que manda a Lei Estadual 5.699/2005, que determina que o Estado deve pagar a cada soldado e cabo no mínimo três jogos de uniforme completo por ano, disse o sargento.
HEMOSE
Os militares também aprovaram em assembleia geral que na próxima quinta-feira, 16, será feita uma campanha de doação voluntária de sangue no Hemose. A campanha tem como objetivo colaborar para que o Hemose tenha estoque suficiente para suprir a necessidade no período do carnaval. A doação será feita por policiais e bombeiros militares que estejam de folga e será mais um gesto da categoria em favor da sociedade.
Fonte: www.asprase.blogspot.com
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