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quarta-feira, 28 de julho de 2010

OEA - Organizações do Estados Americanos determina que o Brasil der proteção a Família do Advogado ex-vereador Pernambucano Manoel Mattos assassinado em 2009. A OEA, também determinou proteção a Promotora de Justiça Rosemary Souto Maior de Almeida, e aos Deputados Federais candidatos à reeleição Luiz Couto (PT-PB) e Fernando Ferro (PT-PE). O advogado Manoel Mattos denunciava Grupo de Extermínio e foi morto na praia de Pitimbu (PB).

Grupos de extermínio

Brasil deve proteger família de ex-vereador


O Estado brasileiro deve oferecer proteção aos parentes do ex-vereador Manoel Mattos, morto por integrantes de um grupo de extermínio em janeiro de 2009, na Paraíba. A determinação veio da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), por meio de medida cautelar. A informação é da Agência Brasil. Também receberão proteção os deputados federais candidatos à reeleição Luiz Couto (PT-PB) e Fernando Ferro (PT-PE) e a promotora de Justiça Rosemary Souto Maior de Almeida. Ela atuou na denúncia de crimes praticados por grupos de extermínio nos dois estados.

O pedido de medida cautelar já havia sido feito pelas organizações de proteção aos direitos públicos Justiça Global e Dignitatis, em 9 de julho. A federalização do crime foi solicitada no Relatório sobre Execuções Sumárias Arbitrárias ou Extrajudiciais da Organização das Nações Unidas (ONU). No documento, há críticas sobre a demora do Superior Tribunal de Justiça em apreciar o pedido.

Embora desde 2004 haja um instrumento jurídico constitucional que prevê a federalização de crimes, ele nunca foi utilizado. O deslocamento da investigação e do julgamento do processo da Justiça Estadual para a Federal seria um feito inédito. O processo sobre a execução de Manoel Mattos corre atualmente na Comarca de Caaporã (PB).

O advogado Manoel Mattos denunciou a existência de grupos de extermínio na Paraíba. Defensor dos Direitos Humanos, ele foi assassinado em 24 de janeiro deste ano, com dois tiros de espingarda, em Pitimbu (PB). Porém, o ex-vereador não foi pego de surpresa. Antes da execução, ele, a promotora e os deputados federais já eram alvo do grupo. Em 23 de setembro de 2002, a Comissão da OEA determinou que o Brasil adotasse medidas cautelares para a proteção de Manoel Mattos, da promotora e para a família de Luiz Tomé da Silva Filho, o Lula. Esse último, ex-integrante do grupo de extermínio, colaborava com as investigações como testemunha. Ele chegou a pedir sua inclusão no Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas, mas não conseguiu ser atendido. Morreu em abril de 2003, depois de escapar de um atentado. De acordo com o relatório, seus pais, que também sofriam ameaças, deixaram a região.

Andressa Caldas, advogada da Justiça Global, diz que o Estado brasileiro foi negligente e que o descumprimento às recomendações da OEA culminaram no assassinato do ex-vereador. Caso o governo continue ignorando as determinações, ela considera a ocorrência de mais mortes. Isso porque outras pessoas encontram-se em situação de risco e de vulnerabilidade. “A continuidade da inoperância do Estado brasileiro coloca em risco as pessoas diretamente envolvidas com os desdobramentos do caso Manoel Mattos e dos mais de 200 casos de execução sumária, que são realizados com o modus operandi atribuído aos grupos”, declarou.

Fonte: Conjur http://www.conjur.com.br/2010-jul-27/brasil-proteger-vitimas-grupo-exterminio-paraiba-oea

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