Informação policial e Bombeiro Militar

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Claudia Leitte cancela enventos por greve de policiais militares

Claudia Leitte cancela eventos por greve de policiais militares
06 de fevereiro de 2012 14h11


Claudia Leitte cancelou coletiva e visita a hospital. Foto: Fred Pontes/Divulgação
Claudia Leitte cancelou coletiva e visita a hospital
Foto: Fred Pontes/Divulgação
  
A cantora Claudia Leitte informou, por meio de sua assessoria de imprensa, nesta segunda-feira, que foram cancelados dois eventos previstos para os próximos dias em Salvador. O motivo alegado foi a insegurança causada pela greve de policiais militares no Estado.
"Frente ao quadro de insegurança em nossa cidade e dos desdobramentos da greve de parte da Polícia Militar baiana, a coletiva de Claudia Leitte que seria realizada amanhã, dia 7, no Hotel Pestana Convento do Carmo fica adiada, assim como a programação que seria realizada em visita ao Hospital Aristides Maltez."

Os eventos não tem data prevista para ocorrer. "Tão logo tenhamos a paz restabelecida em nossa cidade, informaremos uma nova data para o encontro", finalizou a nota.

No domingo, a cantora comentou a greve dos militares e se disse "triste e preocupada" com a situação. Em seu blog oficial, a cantora disse que "a Bahia está pagando um preço muito alto por tudo isso."

"Quando impedem o nosso ir e vir, quando cerceiam nossa liberdade e tiram a alegria que é uma marca em nosso povo, em nossa terra, algo de muito grave está acontecendo. A Bahia está ferida. Chega de radicalismo", escreveu a cantora. Ela também pediu que as autoridades cheguem a uma solução para o problema. "Rogo às partes que busquem no entendimento a solução para esse impasse que tanto penaliza os baianos e os que nos visitam."

A greve

A greve dos policiais militares da Bahia teve início na noite de 31 de janeiro. Cerca de 10 mil PMs, de um contingente de 32 mil homens, aderiram ao movimento. A paralisação provocou uma onda de violência em Salvador e região metropolitana. O número de homicídios dobrou em comparação ao mesmo período do ano passado. A ausência de policiamento nas ruas também motivou saques e arrombamentos. Centenas de carros foram roubados e dezenas de lojas destruídas.

Em todo o Estado, eventos e shows foram cancelados. A volta às aulas de estudantes de escolas públicas e particulares, que estava marcada para 6 de fevereiro, foi prejudicada. Apenas os alunos da rede pública estadual iniciaram o ano letivo. As instituições particulares decidiram adiar o retorno dos estudantes.

Para reforçar a segurança, a Bahia solicitou o apoio do governo federal. Cerca de três mil homens das Forças Armadas e da Força Nacional de Segurança foram enviados a Salvador. As tropas ocupam bairros da capital e monitoram portos e aeroportos.

Os PMs amotinados estão acampados no prédio da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), na avenida Paralela, em Salvador. O presidente da AL, deputado Marcelo Nilo (PSDB), solicitou apoio ao general da 6ª Região, Gonçalves Dias, comandante das forças de segurança que estão atuando na Bahia, para a retirada dos grevistas do edifício, que chegou a ser cercado por 600 homens do Exército e teve as luzes desligadas.

Dois dias após a paralisação, a Justiça baiana concedeu uma liminar decretando a ilegalidade da greve e determinando que a Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra), que comanda o movimento, suspenda a greve. Doze mandados de prisão contra líderes grevistas foram expedidos. Cerca de 40 homens do Comando de Operações Táticas, a tropa de elite da Polícia Federal (PF), foram destacados para cumprir as decisões judiciais.

A categoria reivindica a criação de um plano de carreira, pagamento da Unidade Real de Valor (URV), adicionais de periculosidade e insalubridade, gratificação de atividade policial incorporada ao soldo, anistia, revisão do valor do auxílio-alimentação e melhores condições de trabalho, entre outros pontos.

Fonte: terra

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