Folha de Pernambuco
Bem que a direção do Sindicato de Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol/PE) se esforçou para fazer de uma plenária um ato de apoio - com toda pompa e circunstância - ao governador-candidato Eduardo Campos (PSB). Só esqueceram de combinar com os filiados, que puseram o socialista em uma saia-justa, ontem, ao cobrarem aumento salarial para os policiais com mais tempo de serviço, nos mesmos moldes da gratificação dada aos novatos. Eduardo fez mea-culpa reconhecendo que o Estado cometeu uma “injustiça”. Argumentou que a medida foi necessária para implantar um plano de cargos e carreiras, se comprometeu a discutir o reajuste e, para trazer a plateia para seu lado, fez comparações com a gestão do rival Jarbas Vasconcelos (PMDB), que teve uma relação complicada com a categoria. Ao fim da plenária, o governador foi aplaudido.
O comissário Antônio Roberto, conhecido como Roberto Catapora, iniciou as reclamações. “Governador, com todo respeito, nós que somos a Polícia Civil, estamos na rua e sabemos como é. Houve um aumento diferenciado para os (policiais) que entraram. Antiguidade é posto”, cobrou. Já o comissário Cícero Tadeu fez um desabafo. “Votei no senhor, acreditei. Por causa de uma política horrível de Jarbas. Estou inseguro. Hoje me sinto em dificuldade de confiar”, lamentou Tadeu, salientando, contudo, que não tem “pretensão de votar em Jarbas”.
Meio sem graça, o presidente do Sinpol, Cláudio Marinho, tentou evitar as perguntas desagradáveis, mas foi o próprio Eduardo quem assentiu os questionamentos. “Sou um democrata, sei ouvir. Sei dizer sim, mas sei dizer não quando preciso. Vocês vieram de um tempo em que não dava para conversar com um governador assim. Podem ir para os jornais, que estão aqui acompanhando. Vão ver o que os governantes diziam de vocês. Como é que eles os chamavam. Tenho respeito a vocês, aos servidores públicos”, rebateu Campos, ao mesmo tempo em que alfinetou Jarbas.
O socialista destacou que teve de fazer uma escolha entre implantar o plano de cargos e carreiras ou aumentar os salários dos policiais mais velhos - as duas coisas seriam impossíveis porque desrespeitariam a Lei de Responsabilidade Fiscal. “Começou com uma injustiça, mas foi preciso começar. Era melhor que não fazer nada”, argumentou o candidato para se comprometer: “Vamos para a mesa de negociação. Acredito no diálogo”. Campos não deixou de puxar a orelha dos profissionais acomodados ao afirmar que as premiações foram dadas aos “policiais que levam o trabalho a sério”.
Apesar das cobranças, Cláudio Marinho garantiu que o Sinpol apoia a reeleição do governador, tanto que o sindicato não convidou nenhum outro candidato para o ato. Ele entregou um documento ao socialista reivindicando a criação de uma Lei Orgânica para a categoria e a instituição de um piso salarial maior, entre outros pedidos.
Fonte: Folha de Pernambuco http://www.folhape.com.br/index.php/caderno-politica/588575-eduardo-busca-apoio-e-ouve-cobranca
DIÁRIO DE PERNAMBUCO.
Governador-candidato recebe apoio de policiais
Campanha // Em visita a sindicato da categoria socialista não escapou de críticas
Aline Moura
alinemoura.pe@dabr.com
Blindado desde o início da campanha, o governador Eduardo Campos (PSB) passou por momentos de tensão, ontem, ao participar de um debate na sede do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol), em Santo Amaro, Centro do Recife. O encontro foi idealizado para externar a simpatia da categoria ao governo Eduardo, mas os policiais mostraram que nem tudo é um mar de rosas na relação com o socialista. A grande insatisfação, segundo depoimento dos profissionais da área, foi um maior reajuste salarial dos novatos em relação aos veteranos. Eduardo conseguiu reverter a situação a seu favor, dizendo que estava ali para debater os problemas, diferentemente de gestores passados. Mas até o fim do evento, teve de escutar críticas, como pouco se viu nessa eleição.
Perguntas e questionamentos de policiais não estava no script da visita de Eduardo Campos ao Sinpol Foto: Nando Chiappetta/Esp. DP/D.A Press
Depois de falar ao público presente sobre os avanços do governo na área da segurança e dos investimentos que fez na Polícia Civil, Eduardo surpreendeu-se quando vários policiais começaram a pedir a palavra, antes mesmo deos candidatos ao Senado da Frente Popular, Humberto Costa (PT) e Armando Monteiro Neto (PT), discursarem. A fala espontânea dos policiais terminou substituindo o discurso oficial do presidente do Sinpol, Cláudio Marinho. "Isso não estava no script", admitiu o governador.
A cada crítica feita, o público presente aplaudia de forma entusiasmada, repetindo gesto semelhante quando o governador admitia as falhas. "Nós sabemos mais do que ninguém o que é a polícia. E causou uma indignação o aumento diferenciado para os policiais, porque, em todo lugar, antiguidade é posto. Acho que se a gaiola for de ouro e não tratar bem o passarinho # (não adianta). É preciso reaparelhar a Policia Civil sim, mas vamos pagar bem ao policial", falou o comissário Antônio Roberto, o primeiro a falar sem estar no script.
Outro que falou foi o comissário Cícero Tadeu. Ele disse que não votava no adversário de Eduardo Campos, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB), mas estava desestimulado com os salários achatados. "Vejo a reeleição do governador como uma realidade, mas tenho dificuldade de confiar (nas promessas de campanha)", declarou.
Único candidato ao governo convidado pelo Sinpol para apresentar suas propostas, Eduardo Campos saiu-se bem ao citar o governo Jarbas de forma indireta. Sem mencionar nomes, pediu que os policiais lembrassem o tratamento dado por Jarbas em oito anos. Referiu-se ao fato de o peemedebista, em 2006, ter chamado os policiais em greve de "bandidos". "Vejam o que os governantes diziam de vocês no passado, leiam os jornais da época. Mas eu estou aqui como governador porque respeito vocês, porque não há estado e política pública sem servidor público", declarou. Eduardo admitiu que os policiais novatos tiveram um reajuste de 92% nos últimos três anos e meio, enquanto os veteranos tiveram 49,6%, mas justificou que era a única forma de equilibrar os salários e dar início ao plano de cargos e carreiras. "Era a Escolha de Sofia. Começamos com uma injustiça, começamos, mas era preciso começar, porque, se não, nunca teríamosum plano de cargos e carreiras", discursou, recebendo aplausos até dos críticos.
Fonte: Diário de Pernambuco http://www.diariodepernambuco.com.br/2010/09/02/politica1_0.asp
JORNAL DO COMMERCIO
Eduardo: homenagem e críticas dos policiais
Sindicatos da Polícia Civil organizam ato em homenagem ao governador-candidato, mas evento sai do script. Alguns policiais aproveitaram para criticar Eduardo, que deu estocadas no adversário Jarbas
Sheila Borges
sborges@jc.com.br
A homenagem que entidades da Polícia Civil organizaram, ontem, para declarar apoio ao governador-candidato Eduardo Campos (PSB) terminou saindo do script. O que era para ser só elogios se transformou em uma sessão também de críticas ao governo. Mas bem que os diretores do Sindicato dos Policiais Civis e das Associações dos Comissários, Escrivães, Peritos Criminais e Papiloscopicos tentaram evitar. Tanto que se reuniram reservadamente com Eduardo antes da plenária para apresentar as insatisfações dos servidores. A intenção era reservar o ato público para os discursos do governador e de seus candidatos ao Senado Armando Monteiro Neto (PTB) e Humberto Costa (PT) e a entrega das propostas para o programa de governo do socialista.
Incomodados com o formato adotado pelas entidades, alguns policiais manifestaram a vontade de se posicionarem, aproveitando a presença do governador. Diplomático, Eduardo acatou prontamente e se colocou à disposição. Todas as perguntas convergiram para uma questão: a insatisfação dos servidores mais antigos em relação aos mais novos porque, a partir de reajustes diferenciados, todos estão com o mesmo piso, independentemente do tempo de serviço. Esse foi o efeito do plano de cargos e carreiras implantado em março – um pleito antigo dos policiais.
Antonio Roberto foi o primeiro a falar. Ponderou que, até onde sabia, “antiguidade era posto”. E reclamou: “Vamos reaparelhar a polícia, mas tratar bem o policial”, salientando que trabalha há anos fazendo o policiamento nas ruas e recebeu o “mesmo” tratamento dos novatos. O comissário Cícero Tadeu foi mais duro. Disse que, com essa política salarial, o Estado não estava sendo justo. “Hoje estou inseguro para confiar em você (Eduardo). Votei em 2006. Hoje, estou com dificuldade. Não gosto de Jarbas (referindo-se ao candidato do PMDB, Jarbas Vasconcelos). Estou com dificuldade em confiar que o governo e o sindicato farão a política que nós esperamos”, afirmou, insinuando que a entidade tinha se transformada em um sindicato chapa branca.
Depois de ouvir todas as colocações, Eduardo disse que falaria sem demagogia. E tentou reverter a situação desfavorável, afirmando que o governo anterior (Jarbas), não abria um canal de diálogo como ele estava fazendo. “Política de valorização de servidor também é salário. Em quatro anos, não dá para fazer tudo. Os jornais podem mostrar como o outro governador falava de vocês”. Esclareceu que, em 2011, o tempo de serviço será o critério adotado para a concessão de promoções. Eduardo estava acompanhado do secretário de Defesa Social, Wilson Damásio.
A relação entre o governo estadual e os policiais civis é delicada. O próprio avô de Eduardo, o ex-governador Miguel Arraes, em seu segundo governo (1987/1990), viveu momentos difíceis. Chegou a ser chamado de “Pinochet de Pernambuco” em uma referência ao então ditador do Chile Augusto Pinochet.
Fonte: Jornal do Commercio http://jc3.uol.com.br/jornal/2010/09/02/not_391276.php
O GOVERNADOR FALOU QUE O EX GOVERNADOR JARBAS NOS CHAMOU DE BANDIDOS, EU TAMBEM CHAMEI JARBAS DE BANDIDO SO QUE JARBAS MOSTROU A CARA, EDUARDO E DIFERENTE NA SURDINA EM COLUIO COM O PRESIDENTE DO SINPOL E O SECRETARIO DA SDS SERVILHO ALEM DO JUIZ DA VARA DA FAZENDA NEM GREVE PODEMOS FAZER UMA VERDADEIRA DITADURA DE ESQUERDA POIS GREVE E DIREITO DE TODOS TRABALHADORES ESTA NA CONSTITUIÇAO ATE OS SERVENTUARIOS DA JUSTIÇA FAZEM INCLUSIVE OS PROPRIOS JUIZES PARALIZARAM SEUS SERVIÇOS QUANDO REENVIDICARAM EQUIPARAÇOES COM JUIZES FEDERAIS E CONSEGUIRAM. NO GOVERNO DE JARBAS FIZEMOS GREVE EXERCEMOS NOSSO DIREITO, SE NAO CONSEGUIMOS O NOSSO INTENTO E OUTRA COISA, TAMBEM NAO CONSEGUIMOS NADA NESSE GOVERNO NEM FAZER GREVE.
ResponderExcluirBANDIDO GOVERNADOR TEM EM TODO LUGAR, MAIS AINDA EM NOSSO PAIS. PRESIDENTES DE REPUBLICAS, GOVERNADORES DE ESTADOS, SECRETARIOS DE ESTADOS SENADORES, DEPUTADOS FEDERAIS E ESTADUAIS PREFEITOS, VEREADORES POLICIAIS EM GERAL,PRESIDENTES DE SINDICATOS DE POLICIAIS, E ATE MESMO NO JUDICIARIO. TEMOS VARIOS EXEMPLOS POR AI.
ResponderExcluiro colega lembrou bem, e a nossa greve em que ficou ? achei estranho o sinpol calou, a decisao judicial contra a nossa greve muito rapida, e energica, o remedio juridico apresentado pelo o sindgov, digo sinpol foi para o espaço e todos calaram.
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