Informação policial e Bombeiro Militar

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Incêndio causa desfalque de balas: Mais de um milhão de balas de pistola ponto 40, além de projéteis de fuzis, metralhadoras e revólveres, foram destruídos pelo incêndio que atingiu o depósito de armamento da SDS, na Ilha Joana Bezerra, no Recife.

Somente de pistola ponto 40, o desfalque foi de mais de um milhão de unidades.


JOSÉ ACCIOLY 
  
Mais de um milhão de balas de pistola ponto 40, além de projéteis de fuzis, metralhadoras e revólveres, foram destruídos pelo incêndio que atingiu o depósito de armamento da SDS, na Ilha Joana Bezerra, anteontem. As balas, de acordo com o secretário de Defesa Social, Wilson Damázio, chegaram ao complexo policial na semana passada e seriam entregues a três mil policiais que estão nas academias das polícias Civil e Militar. O prejuízo financeiro ainda não foi calculado. Damázio minimizou a proporção que as chamas tomaram e informou que há uma investigação para saber se o imóvel possuía licenças para funcionamento.

De acordo com Wilson Damázio, os prédios onde funcio­navam as delegacias de Repres­são à Pirataria, a 3ª Seccional de Joana Bezerra, além da Unidade de Serviços Gerais (USG), a Coordenação de Operações e Recursos Especiais (Core) e a gráfica de Polícia Civil era alugado. O valor pago não foi divulgado. “São muitas licenças (da Prefeitura do Recife e do Corpo de Bombeiros) e quem deveria tirá-las era o proprietário do imóvel. Vamos verificar se elas haviam sido expedidas”, avisou o secretário, acrescentando que a SDS não poderia reformar nos imóveis haja vista que os espaços são alugados.

O local ainda abrigava inquéritos concluídos, prontuários de funcionários e outras informações sigilosas, que passaram pelo processo de microfilmagem. As munições destruídas pelas chamas seriam utilizadas para o treinamento nas academias e o trabalho nas ruas. Cada policial, durante a formação, dispara, em média, de 240 tiros. “Antes do incêndio, havíamos distribuído munições para os batalhões e delegacias. A polícia tem estoque suficiente até que seja feita nova compra”, assegurou Damázio. A nova aquisição deverá ocorrer nos próximos 30 dias.

Fabricantes de munições comunicaram a SDS que têm condições de atender a novos pedidos da secretaria. Um dos fornecedores informou que vai remanejar estoques de outros estados para suprir a necessidade de Pernambuco. Outro enviará uma remessa de “doação” com armas não-letais (sprays de pimenta, bomba de efeito moral, por exemplo), uma vez que o quantitativo estocado nos galpões foi praticamente inutilizado.

O local para guardar as munições e armamentos foi escolhido, segundo o secretário, por estar sob a proteção do Core, a elite da Polícia Civil. As armas estavam guardadas numa sala-forte, à prova de fogo. Os projéteis foram estocados em caixotes nos galpões. “A munição não pode ficar em lugar fechado porque diminui a vida útil e podem sofrer autocombustão”, informou.

Quanto às explosões dos projéteis, Damázio minimizou a letalidade. “Uma bala só é letal quando é disparada por uma câmara de explosão e passa por um cano raiado. Do modo como elas estavam armazenadas, o poder de fogo era igual ou menor do que uma bomba de São João”.

Fonte: Folha de Pernambuco http://www.folhape.com.br/index.php/caderno-grande-recife/591351-incendio-causa-desfalque-de-balas

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