Comandante de UPP e traficante conversavam diariamente
Tráfico do São Carlos desembolsava R$ 15 mil semanais: capitão e soldado estão presos
Rio - Investigação da Polícia Federal revelou que, assim que foi instalada a
Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) no Complexo de São Carlos, no início
de 2011, o tráfico de drogas conseguiu dois importantes aliados para
continuar a venda de drogas na favela. O principal deles foi o então
comandante da unidade, capitão Adjaldo Luiz Piedade Júnior. O outro,
o soldado Alexandre Duarte de Oliveira, que também foi lotado na UPP.
Eles foram presos nesta quinta-feira.
Durante a operação desencadeada pela PF em parceria com a Subsecretaria
de Inteligência da Secretaria de Segurança, outras nove pessoas também
foram capturadas nesta quinta-feira — ao todo, a Justiça expediu 19 mandados
de prisão contra integrantes do bando.
Segundo as investigações, o capitão recebia quantia semanal de R$ 15 mil
para não reprimir o tráfico no local — o que daria R$ 60 mil por mês. Além
disso, informava à quadrilha a localização dos policiais e passava
informações sobre bandidos rivais ao bando — às quais tinha acesso em
função do posto de comandante de uma UPP.
No monitoramento, a PF constatou que o comandante falava diariamente
com Sandro Luiz de Paula Amorim, o Peixe, preso pela PF em novembro e
um dos principais traficantes da quadrilha Amigos dos Amigos (ADA).
Relação tensa
As investigações mostram que menos de um mês antes de o capitão perder
o comando da UPP, em novembro, a relação entre os dois começou a ficar
tensa. Num dos diálogos flagrados, Peixe reclama com o capitão que nem
todas as equipes de PMs estavam facilitando a venda de drogas. E diz:
“Tenho aqui 15 mil à sua disposição”.
O traficante, preso pela PF poucos dias depois quando fugia da Rocinha,
ainda pede que o capitão nomeie um policial para ele manter contato.
Outro diálogo, logo após ter sido exonerado, mostra o capitão entrando em
contato com Peixe para saber para qual local deveria buscar transferência
para continuar a serviço do tráfico. O capitão foi preso em casa e o soldado,
no Hospital da PM, fazendo exames.
Propina em Santa Teresa
Em setembro do ano passado, O DIA noticiou com exclusividade um esquema
de ‘mensalão’ na vizinhança do São Carlos: a UPP da Coroa, Fallet e
Fogueteiro, em Santa Teresa. As publicações resultaram no afastamento do
comandante e do subcomandante, capitão Elton Costa e tenente Rafael
Medeiros.
Os dois e outros 28 agentes da unidade são acusados de receberem propinas
fixas de traficantes, que interferiam até na escala dos policiais militares da
unidade.
Fonte: O Dia
Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) no Complexo de São Carlos, no início
de 2011, o tráfico de drogas conseguiu dois importantes aliados para
continuar a venda de drogas na favela. O principal deles foi o então
comandante da unidade, capitão Adjaldo Luiz Piedade Júnior. O outro,
o soldado Alexandre Duarte de Oliveira, que também foi lotado na UPP.
Eles foram presos nesta quinta-feira.
Durante a operação desencadeada pela PF em parceria com a Subsecretaria
de Inteligência da Secretaria de Segurança, outras nove pessoas também
foram capturadas nesta quinta-feira — ao todo, a Justiça expediu 19 mandados
de prisão contra integrantes do bando.
Capitão Adjaldo Luiz Piedade Júnior é acusado de pedir orientação a traficante sobre
sua transferência | Foto: Carlo Wrede / Agência O Dia
para não reprimir o tráfico no local — o que daria R$ 60 mil por mês. Além
disso, informava à quadrilha a localização dos policiais e passava
informações sobre bandidos rivais ao bando — às quais tinha acesso em
função do posto de comandante de uma UPP.
No monitoramento, a PF constatou que o comandante falava diariamente
com Sandro Luiz de Paula Amorim, o Peixe, preso pela PF em novembro e
um dos principais traficantes da quadrilha Amigos dos Amigos (ADA).
Relação tensa
As investigações mostram que menos de um mês antes de o capitão perder
o comando da UPP, em novembro, a relação entre os dois começou a ficar
tensa. Num dos diálogos flagrados, Peixe reclama com o capitão que nem
todas as equipes de PMs estavam facilitando a venda de drogas. E diz:
“Tenho aqui 15 mil à sua disposição”.
O traficante, preso pela PF poucos dias depois quando fugia da Rocinha,
ainda pede que o capitão nomeie um policial para ele manter contato.
Outro diálogo, logo após ter sido exonerado, mostra o capitão entrando em
contato com Peixe para saber para qual local deveria buscar transferência
para continuar a serviço do tráfico. O capitão foi preso em casa e o soldado,
no Hospital da PM, fazendo exames.
Propina em Santa Teresa
Em setembro do ano passado, O DIA noticiou com exclusividade um esquema
de ‘mensalão’ na vizinhança do São Carlos: a UPP da Coroa, Fallet e
Fogueteiro, em Santa Teresa. As publicações resultaram no afastamento do
comandante e do subcomandante, capitão Elton Costa e tenente Rafael
Medeiros.
Os dois e outros 28 agentes da unidade são acusados de receberem propinas
fixas de traficantes, que interferiam até na escala dos policiais militares da
unidade.
Fonte: O Dia
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