"Tem que baixar o cacete nos vândalos", diz Ronaldo
Ronaldo disse que a Fifa ficou traumatizada com a Copa no Brasil
Foto: Getty Images
Membro do Comitê Organizador da Copa do Mundo, o ex-atacante Ronaldo defendeu o uso da violência para coibir os manifestantes que utilizem a mesma estratégia nos protestos anti-Copa que devem ocorrer nas próximas semanas. Em Sabatina promovida pelo jornal Folha de S.Paulo nesta quinta-feira, ele manifestou insatisfação com os grupos radicais, citando nominalmente os Black Bloc.
"Sobre os vândalos, acho que tem que baixar o cacete neles, tirar da rua", disse Ronaldo, que colocou como "válidos" os protestos pacíficos por melhorias naquele que seria o legado da Copa do Mundo para o Brasil - obras de infraestrutura, principalmente. No entanto, desvinculou essa insatisfação com a torcida contra a Seleção Brasileira.
"Acho que os protestantes não-violentos vão assistir à Copa. Quem aqui vai querer perder essa oportunidade? Ninguém aqui vai estar vivo quando tiver outra Copa no Brasil. Acho que nem vai ter mais, a Fifa ficou traumatizada", brincou Ronaldo.
O ex-atacante afirmou que não iria às ruas protestar por melhorias por sua condição de figura pública. "Eu protesto do meu jeito também. Eu faço muito barulho do meu jeito. Minha indignação está com o povo. O povo tem que unir, ver o que é melhor. E temos a oportunidade de fazer a maior manifestação de todos os tempos no dia 5 de outubro", disse, em referência às eleições presidenciais. Ronaldo é amigo do tucano Aécio Neves, que faz parte da oposição ao governo da petista Dilma Rousseff.
"Batman" rebate Ronaldo: "você que merece levar cacete"
Eron Morais de Melo, mais conhecido por se fantasiar de Batman durante os protestos no Rio de Janeiro, foi uma das primeiras pessoas a chegar à manifestação contra a Copa do Mundo marcada pelas redes sociais para a Cinelândia, no centro da cidade, nesta sexta-feira. "Batman", que foi agredido pela Polícia Militar (PM) durante um ato dos professores na última terça-feira, carregava um cartaz contra as declarações do ex-jogador Ronaldo.
"Fui agredido sem motivo, levei cinco pontos na cabeça durante um protesto pacífico. A PM quando entra na manifestação só atrapalha", afirmou o “Batman”, que fora dos protestos trabalha como protético (profissional especialista em próteses dentárias).
No cartaz, "Batman" acusa Ronaldo de traidor e afirma, "você é que merece levar cacete!". Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo o jogador disse, ao falar dos vândalos em manifestações, que a polícia "tem que baixar o cacete neles, tirá-los da rua, prendê-los".
"Acho que os protestantes não violentos vão assistir à Copa. Quem aqui vai querer perder essa oportunidade? Ninguém aqui vai estar vivo quando tiver outra Copa no Brasil. Acho que nem vai ter mais, a Fifa ficou traumatizada", brincou Ronaldo na entrevista.
Apesar de ter mais de 6 mil confirmações na página do evento no Facebook, às 17h, horário marcado para iniciar o protesto, poucas pessoas se reuniam na Cinelândia.
Foto: Vladimir Platonow / Agência Brasil
Nem "Batman" escapa
Figura comum nos protestos cariocas, Melo (incorporando Batman) ficou ferido durante o protesto de professores depois que policiais militares chegaram em diversas viaturas e fizeram uma primeira tentativa de desobstruir uma avenida, empurrando os docentes, formando uma linha e usando apenas escudos.
Figura comum nos protestos cariocas, Melo (incorporando Batman) ficou ferido durante o protesto de professores depois que policiais militares chegaram em diversas viaturas e fizeram uma primeira tentativa de desobstruir uma avenida, empurrando os docentes, formando uma linha e usando apenas escudos.
Como os manifestantes se recusaram a sair da via, os policiais usaram spray de pimenta e bombas de gás lacrimogêneo, provocando correria e protesto dos educadores. Nesse momento, Melo acabou atingido na cabeça, que ficou ensanguentada, assim como sua fantasia de Batman. "Quando eu senti a pancada, comecei a sangrar na cabeça. Eu estava totalmente pacífico. Sou contra a violência. Ela veio por parte da polícia, que agiu truculentamente, sem necessidade, batendo nos professores. Me empurraram com o escudo e bateram com o cassetete", contou na ocasião.
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