Imagens da TV Centro América mostram o tumulto que ocorreu na manhã desta quarta-feira (31) em frente à Penitenciária Central do Estado, no bairro Pascoal Ramos, em Cuiabá . Parentes de reeducandos que tentavam visitar os presos foram impedidos de entrar na unidade. A categoria dos agentes penitenciários está em greve desde o dia 26 de julho e apenas 30% do efetivo está trabalhando.
Um grupo de familiares estava na porta do presídio, enquanto a categoria grevista também se aglomeravam perto da unidade. Os agentes foram até a porta da unidade e tentaram convencer os visitantes que não iriam liberar a entrada deles na penitenciária.
Nesse momento começou uma discussão entre as mulheres e alguns agentes. Os familiares acusam os agentes de agressão. No entanto, os agentes também dizem que os parentes dos detentos jogaram pedras contra eles.
“Nós não temos culpa desse impasse que existe entre o governo e os agentes penitenciários. Reconheço que os agentes têm que lutar pelos seus direitos. Mas nós é que teremos que pagar por isso?”, indagou a dona de casa Janaína Costa.
Para tentar conter o tumulto entre os grupos, um policial militar saca a arma e atira duas vezes para cima. ''Estamos aqui em apoio aos 30% do efetivo que está trabalhando. Não tem condição de fornecer visitas. É pouco efetivo para quase dois mil presos”, relatou a agente penitenciária Fernanda Arruda.
O Sindicato dos Servidores do Sistema Prisional de Mato Grosso (Sindspen) rebateu as acusações das mulheres e negou que os agentes tenham agredido alguém. O Sindspen argumentou que as mulheres agrediram os agentes e atiraram pedras contra eles.
Greve 
A Justiça considerou a greve ilegal, mesmo assim, os agentes permanecem com a paralisação, e mantêm apenas 30% do efetivo, serviços de alimentação, banho e saúde. Os agentes também só permitem a presença de oficiais de justiça com alvará de soltura ou com mandados de prisão. Além disso os presos só estão sendo sendo levados para audiências de soltura.
Não estão sendo realizados transporte dos presos para audiências comuns e não são permitidas visitas de advogados e nem parentes, por isso a confusão ocorreu. A categoria cobra aumento no efetivo de agentes, além de pagamento de adicional de insalubridade, reajuste salarial e melhores condições de trabalho e segurança.
O salário-base de um agente prisional é de R$ 1.998. Eles querem a recomposição de 20% referentes a 2012, 25% para este ano e 30% para 2014. Conforme o sindicato, a contraproposta do governo foi de apenas 5% e acabou não sendo aceita durante assembleia geral realizada pelos profissionais.