A Polícia Civil capturou, em São Paulo, o porteiro Júlio César Ribeiro da Silva, de 32 anos. Ele trabalhava em uma agência de publicidade, no bairro nobre de Itaim Bibi. Os seus colegas de trabalho jamais poderiam imaginar que estavam ao lado de um dos integrantes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), que atacou em maio de 2006 a Delegacia de Suzano. No confronto quatro bandidos e dois policiais civis, do Garra, foram baleados.
No dia seguinte, por vingança, o PCC mandou executar dois polciais civis, os carcereiros Anderson Viçoso da Silva, de 27 anos, e Hélvio Gomes, de 41 anos, além de um amigo deles, irmão de uma carcereira, Élvis Daniel Inácio, de 28 anos. Os marginais desferiram cinco tiros em cada vítima e fugiram em um táxi, no Bairro Miguel Badra, em Suzano.
Em desfavor de Júlio Ribeiro havia três mandados de prisão expedidos pela Justiça em 2006, de Suzano, 2007, de Itaquá, e 2009, de Mogi das Cruzes.
O delegado Argentino da Silva Coqueiro, assistente do 2º Distrito Policial, em Braz Cubas, na época atuava em Suzano, justamente como titular do 2º Distrito Policial, no Jardim Boa Vista. A sua unidade chegou a ser fuzilada por bandidos. Ontem, ele lembrou da onda de violência do PCC, a qual mobilizou em todo o Estado as Polícias Civil e Militar.
O atentado à Delegacia Central teria sido motivado por crimes de extorsão praticados por policiais civis; três deles já demitidos da instituição.
Júlio Ribeiro, dono de uma “biqueira” em Itaquá, recebeu informação de Carlos Carciari sobre a prisão de um gerente do PCC, Gilmar de Holanda Lisboa, o “Pebinha”. Foram pagos R$ 300 mil a investigadores, que não o soltaram. Atualmente, “Pebinha” já está em liberdade depois de cumprir pena.
A situação já estava grave entre os membros do PCC e a Polícia local, porém se agravou depois de uma equipe capturar Rodrigo Olivatto de Morais, o qual seria enteado de Marcos Camacho, líder da fação. Foi exigido, então, R$ 1 milhão. (Laércio Ribeiro)
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