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sexta-feira, 22 de julho de 2011

Capitão é condenado a pena alternativa por atirar e matar menor que furou bloqueio da PM.

PM acusado de homicídio é condenado a pena alternativa

Pena é de menos de três anos de serviços comunitários.

Submetido a júri popular nesta quinta-feira, 21, o capitão Eduardo Alex da Silva Lima, acusado do assassinato do estudante de geografia Johnny Wilter, morto em 2008, no bairro do Santos Dumont, após furar uma blitz, foi condenado, por homicídio culposo, a dois anos e oito meses de serviços comunitários. Além da pena alternativa, o militar deve indenizar à família da vítima em R$ 50 mil. O Ministério Público irá recursar da decisão.
O julgamento aconteceu no Fórum da capital, no Barro Duro. Durante depoimento à justiça, o capitão ratificou praticamente tudo o que foi dito no interrogatório realizado cinco dias após o homicídio e também durante o primeiro depoimento judicial que ocorreu no dia 18 de março de 2009. Entra as poucas alterações está a inclusão da posição em que se encontrava a metralhadora 9 mm usada no dia do assassinato. Alex informou que a arma estava na posição intermitente e não rajada, opção permitida pela arma.
O momento que causou desconforto maior à família durante a fala do acusado foi quando Alex alterou seu depoimento no tocante à direção dos disparos. Diferente do que ele havia dito outrora, o capitão reafirmou que os tiros foram instintivos, mas não aleatórios, como ele havia dito antes. Alex confessou, diante do júri, que mirou em Johnny como forma de defesa e que ele não poderia ter atirado em outra direção para não correr o risco de atirar em outros inocentes.

Caso


Johnny Wilter morreu no dia 25 de maio de 2008 com um tiro na nuca, deflagrado por uma submetralhadora 9 milímetros. Ele estava na garupa de uma motocicleta, com um amigo, quando foi morto pelos policiais.
A versão da PM afirma que os jovens teriam furado um bloqueio policial e atirado contra a guarnição, que teria – supostamente – reagido aos disparos, acertando o garoto, que morreu no local.
Marcus Brandão – que conduzia a moto – afirmou em depoimento que estava levando o amigo para casa quando foi surpreendido com disparos de arma de fogo. Logo em seguida, ele relatou que o amigo caiu da Honda Biz. Assustado com a aproximação de estranhos (que no caso seria dos policiais), ele fugiu do local.
Marcus disse que em nenhum momento percebeu que se tratava de uma blitz da Polícia Militar. Após deixar o amigo, Marcus foi abordado por outra blitz próximo à Casa de Detenção de Maceió, o Cadeião, quando policiais militares o interpelaram se ele teria furado o bloqueio no Santos Dumont. Em seu depoimento, músico disse ter parado na segunda blitz e contado tudo que havia acontecido.

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