BRASÍLIA - O fim do recesso parlamentar promete trazer dias difíceis para a presidente Dilma Rousseff. Essa é a previsão feita pelos próprios governistas para este segundo semestre legislativo. As mágoas deixadas pela faxina no Ministério dos Transportes e as ameaças veladas de que outras áreas do governo poderão receber o mesmo tratamento alimentam um clima de desconfiança e insatisfação dentro da base aliada. E também pode custar caro ao Palácio do Planalto o problema antigo com a demora para o pagamento e o empenho das emendas parlamentares ao Orçamento.
- Nossa expectativa é grande para ver como será a repercussão das mudanças promovidas no Ministério dos Transportes, especialmente no PR. Por isso, acredito que teremos dias mais difíceis do que no primeiro semestre - diz o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE).
Na Câmara, o governo poderá amargar duas derrotas desastrosas para as contas públicas: a aprovação da regulamentação da Emenda 29 - que pretende aumentar os repasses obrigatórios da União para a Saúde - e a PEC 300, que cria um piso nacional para policiais nos estados.
No Senado, faltam quatro assinaturas para a CPI
No Senado, governistas terão de se dividir em várias frentes para não serem surpreendidos. A oposição promete tirar proveito do quadro de incertezas dentro da base para tentar emplacar a CPI para investigar as denúncias de corrupção no Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) e aprovar convocações incômodas para o Executivo.
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