Molotov é jogado em uma base da PM
Segundo polícia, não houve combustão; garrafa com líquido semelhante a gasolina foi jogada na base na madrugada de ontem
Vitor Oshiro/Com Redação
No começo da madrugada de ontem, a Base Noroeste da Polícia Militar (PM) sofreu um ataque com, ao que tudo indica, ser um coquetel molotov. O recipiente, com líquido aparentando ser gasolina, não chegou a entrar em combustão. Um suspeito, que abandonou outras três garrafas preparadas, foi perseguido pelos policiais, porém, conseguiu entrar no matagal e fugir.
O caso ocorreu por volta da 1h da manhã na unidade localizada na quadra 16 da avenida Pinheiro Machado, no Jardim Rosa Branca. Na ocasião, havia um policial de plantão no posto de vigília da base.
Após escutar o barulho de vidro quebrando, ele foi verificar. Foi exatamente nesse momento que avistou, do outro lado da rua, um homem pardo, magro, de bermuda e jaqueta pretas e boné. O suspeito correu logo que notou a presença do policial.
Como a região é composta por várias áreas de matagal, ele aproveitou um desses pontos para se esconder e fugir. Durante toda a madrugada, diversas viaturas da PM fizeram diligências nos entornos para tentar encontrá-lo, entretanto, sem êxito.
Segundo o capitão Jéferson Campos de Santana, comandante da 3.ª companhia da PM, no local onde o suspeito estava foram encontradas outras três garrafas. Os recipientes, com capacidade de aproximadamente 600 mililitros, estavam com o mesmo líquido da que foi jogada em direção à base. Todos estavam com panos no gargalo.
Apesar de se assemelhar a gasolina, alguns cogitaram a hipótese de que o líquido fosse querosene. A Polícia Científica foi acionada e realizou a perícia no local. Somente com o laudo pronto será possível ter certeza sobre qual era essa substância. As garrafas localizadas na via pública foram apreendidas.
De acordo com o capitão Jéferson Santana, o líquido não entrou em combustão. Nem mesmo o pano que estava no gargalo da garrafa atirada, de acordo o comandante, apresentava sinais de ter sido queimado, o que é necessário para que o coquetel molotov cause a propagação das chamas no alvo.
“Não encontramos isqueiros, fósforos ou qualquer outra coisa de acender. Não houve ameaça e nem nada. Então, ainda não sabemos do que se tratou. Se a intenção era causar um incêndio no local, felizmente, isso não ocorreu”, explica o capitão.
Rota
A área em que se concentra a Base Noroeste não possui muitas ocorrências de criminalidade, de acordo com o comandante Jéferson. Entretanto, a sua posição estratégica pode incomodar os bandidos.
“É uma rota de passagem entre alguns pontos conhecidos, como o Parque Jaraguá e o Fortunato Rocha Lima. Então, sabemos que a presença da PM sempre incomoda quem está mal intencionado”, explica.
Com essa provável tentativa de ataque, o alerta sobre o local foi intensificado. “Estaremos atentos para um possível novo problema na base. E também iremos trabalhar para tentar localizar o suspeito”, conclui o capitão Jéferson Campos de Santana, comandante da 3.ª companhia da PM.
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Ataques
No dia 16 de maio deste ano, duas viaturas da Polícia Civil de Presidente Alves (56 quilômetros de Bauru) foram queimadas por completo em pleno pátio da delegacia. Na ocasião, uma das hipóteses levantadas foi de que o fogo começou depois de um ataque com coquetéis molotov.
No mesmo mês, completou-se cinco anos dos ataques do Primeiro Comando da Capital (PCC) por todo o País. Em Bauru, as ações criminosas de 2006 envolveram disparos contra delegacias, residências de policiais e ao prédio da Vara de Execuções Criminais de Bauru.
Também foram queimados cinco ônibus do transporte coletivo, um caminhão e uma Kombi da prefeitura. Houve incêndios ainda em uma loja de conveniência de um posto de combustível e ainda uma tentativa de queimar a Regional Administrativa São Geraldo.
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Coquetel explosivo
O coquetel molotov é uma arma incendiária comumente utilizada em guerrilhas urbanas e protestos mais radicais. O artefato é composto por um líquido inflamável - geralmente petróleo ou gasolina - que é colocado em uma garrafa de vidro. No gargalo, coloca-se um pano molhado com o mesmo combustível que, antes de ser atirado contra o alvo, é acendido como se fosse um pavio.
Segundo a enciclopédia virtual Wikipédia, o nome é decorrente do diplomata russo Vyacheslav Mikhailovich Molotov. A associação surgiu na invasão soviética na Guerra de Inverno em 1939.
O diplomata, tentando argumentar um bombardeio na Finlândia, disse que não estavam sendo atiradas bombas, mas cestas de alimento. Por ironia, os finlandeses passaram a chamar as bombas de “cestas de pão de Molotov” e, deste então, a denominar seus artefatos de coquetel molotov.
Fonte: JCNET http://www.jcnet.com.br/detalhe_policia.php?codigo=212412
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