Impulsionado pelos investimentos estaduais e federais, bem como de empresas estatais que já impulsionam a geração de empregos e começam a desenvolver novos setores, o Estado de Pernambuco vem se destacando e apresentando indicativos de que seu PIB poderá continuar em franca evolução por, pelo menos, mais duas décadas. A conclusão está no estudo da consultoria econômica, Ceplan, divulgado nesta quarta-feira (27/04).
A avaliação dos economistas e sócios da Ceplan Consultoria Econômica e Planejamento está consolidada numa base de dados conjunturais completada com informações da mídia e das empresas. Os anúncios diários de novos investimentos são confrontados e complementados com os dados disponíveis em órgãos oficiais de informações e de pesquisa que indicam o aquecimento da economia sob vários ângulos.
O principal deles é o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2010, dois Estados nordestinos cresceram acima da média nacional de 7,5%: Pernambuco com 9,3% e Ceará, com 7,9%, enquanto a Bahia equiparou-se ao Brasil, com 7,5%. Para dar ainda mais sustentabilidade, o PIB industrial também acompanhou o crescimento com os índices de 10,2% em Pernambuco e de 9% no Ceará, superando os 8,1% do Brasil e destronando a Bahia, que ficou com 7,1%, do embalo crescente da industrialização.
A arrecadação do ICMS é outro forte indicativo de saúde econômica. Em 2010, enquanto o aumento para o país como um todo foi de 6,8%, no Nordeste chegou a 14,1%, com o Estado de Sergipe no topo do ranking: 22,2% de crescimento, seguido por Alagoas, com 16% e Pernambuco, com 15,8%.
O comércio varejista na ponta do consumo cresceu em cinco dos nove Estados da região onde a Paraíba se destacou com um aumento de 19,2% nas vendas, bem acima da média nacional de 12,2%.
Paralelamente, as taxas de desemprego aberto nas maiores Regiões Metropolitanas do Nordeste, apesar de cadentes, continuaram acima da média das regiões metropolitanas pesquisadas de 7,2% à exceção de Fortaleza. O maior índice foi o de Salvador, seguido pelo do Recife, de 8%, e o menor, o de Fortaleza, de 5,4%.
Mas na evolução da geração de empregos formais o Nordeste ficou com 19,6% dos postos criados no País, registrando um aumento no total das pessoas ocupadas formalmente de 6,8% em 2010, no comparativo com 2009, percentual pouco acima dos 6,3% do nacional. Dentre os Estados, o melhor desempenho foi o de Pernambuco, com um aumento de 8,5%. No Estado, onde foram criados 118,6 mil empregos, quase a metade das vagas surgiram na capital mas o município de Ipojuca, onde fica o Complexo Industrial e Portuário de Suape, veio em segundo lugar, com 16,8 mil empregos novos. Somando, as duas cidades responderam por 54,4% do total.
Mas na evolução da geração de empregos formais o Nordeste ficou com 19,6% dos postos criados no País, registrando um aumento no total das pessoas ocupadas formalmente de 6,8% em 2010, no comparativo com 2009, percentual pouco acima dos 6,3% do nacional. Dentre os Estados, o melhor desempenho foi o de Pernambuco, com um aumento de 8,5%. No Estado, onde foram criados 118,6 mil empregos, quase a metade das vagas surgiram na capital mas o município de Ipojuca, onde fica o Complexo Industrial e Portuário de Suape, veio em segundo lugar, com 16,8 mil empregos novos. Somando, as duas cidades responderam por 54,4% do total.
O emprego industrial teve um aumento no Nordeste de 5%, maior que o do Brasil de 3,4% mas ainda menor que o dos Estados que mais abriram postos de trabalho industriais na região: Ceará, com 6,6%; a Bahia, com 6,4% e Pernambuco, com 6,1%.
Os primeiros meses de 2011 apontam para a continuidade da onda positiva embora com menos celeridade. Entre janeiro e fevereiro deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, o comercio varejista registrou um aumento de 12,8% no Brasil mas chegou a 24,8% na Paraíba e a 17,2% no Ceará. No estoque de empregos, Pernambuco manteve-se na frente com um aumento de 8,3% no período de doze meses até março de 2011, mesmo percentual de Alagoas, superando a média regional de 6% e a nacional, de 5,6%.
No entanto, as taxas de desemprego aberto, em fevereiro deste ano, ainda são maiores no entorno das principais capitais nordestinas do que na média das regiões metropolitanas pesquisadas, que ficou em 7,7%. Salvador e Recife lideram com 9,6% e 8,1%, respectivamente.
Para a equipe da Ceplan, apesar de um dinamismo mais moderado neste começo de ano na produção e no emprego, os investimentos em curso e os que foram anunciados, indicam um ciclo virtuoso para os próximos anos.
O informe especial da V Análise Ceplan sobre os investimentos que começam a ser implantados em Pernambuco, revela que são esperados R$ 52,7 bilhões para a economia estadual, repercutindo em 80,7 mil empregos durante a fase de instalação. Deste total, 61,6% dos novos empreendimentos estão previstos para a Região Metropolitana do Recife que abrigará 83,4% dos recursos ou R$ 44 bilhões.
A maior parte dos investimentos, ou seja 75,3%, serão localizados na indústria e 20,1% na construção civil, setores que vêm se destacando no Território Estratégico de Suape, formado pelos municípios do Cabo de Santo Agostinho, Ipojuca e Jaboatão. É nesta região, distante cerca de 50 quilômetros do Recife, que se concentram 90,5% dos novos investimentos industriais de origem nacional e 94,6% dos recursos estrangeiros anunciados para novos negócios no Estado.
Entre os investimentos públicos e estatais que representam 76,1% do total no setor industrial, a Petrobras aparece como uma alavanca com a construção da Refinaria Abreu e Lima e da Petroquímica Suape. Já na construção destaca-se o interior, onde estão 62,9% dos investimentos de origem nacional, puxados pelas obras da Ferrovia Transnordestina e da Transposição do Rio São Francisco.
Para os economistas da Ceplan, este grande bloco de investimentos produtivos sinaliza o surgimento de um novo ciclo econômico para Pernambuco, com uma mudança na sua estrutura industrial a partir da chegada de novos segmentos como a construção naval, a indústria automobilística, a siderurgia e a farmoquímica.
O desenvolvimento que se aproxima exigirá e será potencializado com investimentos em infraestrutura viária, hídrica, energética e urbana e com aportes na formação profissional, no empreendedorismo, em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) e com mais eficiência na gestão pública.
O desenvolvimento que se aproxima exigirá e será potencializado com investimentos em infraestrutura viária, hídrica, energética e urbana e com aportes na formação profissional, no empreendedorismo, em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) e com mais eficiência na gestão pública.
Fonte: Revista Algo Mais http://revistaalgomais.com.br/blog/?p=2552
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