Dificuldades em conter a explosão do crime
É entre o fim de um mês e a metade do outro que a polícia da Paraíba sabe que a explosão de agências bancárias vai ser destaque novamente no noticiário. Mas, com 223 municípios distribuídos pelo território estadual, descobrir o alvo a tempo de evitar o crime tem sido o maior desafio do setor de inteligência neste ano. Desde janeiro, 65 ataques contra bancos foram registrados no estado. Em 37% deles (24) as quadrilhas usaram a técnica que se tornou a principal do crime organizado em investidas contra bancos: o uso de explosivos.
Investigações do Grupo de Operações Especiais (GOE/PB) revelam que o material está sendo desviado de pedreiras e mineradoras da Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco. Funcionários que possuem relação com os suspeitos de assaltos a banco já foram identificados e estão entre os investigados na força tarefa montada há alguns meses para tentar coibir a ousadia dos assaltantes.
Mas os esforços não foram suficientes. "A polícia tem tido dificuldades para conter o avanço desses crimes, principalmente pela falta de policiamento ostensivo em cidades do interior, onde geralmente os bandidos tem agido", comenta o delegado do GOE/PB, Walber Virgolino. Em novembro, foram cinco investidas criminosas, entre os dias 4 e 8.
O delegado é claro e sincero ao admitir as dificuldades em combater esses criminosos, da maneira com se encontra a estrutura de segurança pública estadual. "Sabemos dias, horários e como as quadrilhas agem. Aí, você pergunta: E por que não prendem os acusados? Eu respondo: Temos 223 municípios na Paraíba. Como uma equipe reduzida como a nossa (GOE) vai adivinhar qual será o próximo alvo dos bandidos?", justifica Virgolino. "As investigações estão sendo feitas. Cabe à polícia militar intensificar a segurança durante estes dias, à polícia rodoviária, abordar os veículos e barrar a entrada de carros roubados nas rodovias e, à polícia federal, intensificar também as investigações sobre esse grupos, que são interestaduais", desabafa.
Os questionamentos tem sentido. Na maior parte das cidades 'visitadas' pelos bandidos, o efetivo policial disponível era de no máximo três soldados da PM. Muitos chegam a presenciar a chegada dos criminosos, mas diante de armas como fuzis, metralhadoras e espingardas, preservar a própria vida se torna o mais racional. O delegado geral da Polícia Civil, Canrobert Rodrigues, afirmou que o diálogo entre as polícias existe, mas admite que nenhuma operação conjunta foi realizada até o momento para prender acusados de furtos e assaltos a bancos com explosivos aqui na Paraíba. "Esse diálogo é constante, mas ainda estamos em fase de investigação", revelou.
Nem todos os criminosos envolvidos na explosão de bancos na região são especialistas. Muitos chegam a usar até mais explosivos nas ações, o que resulta em destruição até do dinheiro. Mas há aqueles que dão o apoio técnico necessário para uma quadrilha agir desta forma. Nas investigações sobre esses grupos a polícia temidentificado um paraibano, com curso técnico na área de detonação de explosivos, que migrou para o mundo do crime e age com os assaltantes.
Em Pernambuco, a Secretaria de Segurança Pública enviou ofício a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) pedindo mais vigilantes nas agências do estado. Mas nada mudou. As polícias reclamam não ter um apoio efetivo das agências bancárias, no tocante à segurança preventiva. Na quinta, a Febraban divulgou levantamento em que constava apenas 7 explosões de banco na Paraíba. Os dados mostram a desatualização da entidade com o assunto, já que no estado já passa de 20 o total de ataques deste tipo. Isso até o fechamento desta edição.
Fonte: O Norte de João Pessoa http://www.jornalonorte.com.br/2010/11/14/diaadia4_0.php
Investigações do Grupo de Operações Especiais (GOE/PB) revelam que o material está sendo desviado de pedreiras e mineradoras da Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco. Funcionários que possuem relação com os suspeitos de assaltos a banco já foram identificados e estão entre os investigados na força tarefa montada há alguns meses para tentar coibir a ousadia dos assaltantes.
Mas os esforços não foram suficientes. "A polícia tem tido dificuldades para conter o avanço desses crimes, principalmente pela falta de policiamento ostensivo em cidades do interior, onde geralmente os bandidos tem agido", comenta o delegado do GOE/PB, Walber Virgolino. Em novembro, foram cinco investidas criminosas, entre os dias 4 e 8.
O delegado é claro e sincero ao admitir as dificuldades em combater esses criminosos, da maneira com se encontra a estrutura de segurança pública estadual. "Sabemos dias, horários e como as quadrilhas agem. Aí, você pergunta: E por que não prendem os acusados? Eu respondo: Temos 223 municípios na Paraíba. Como uma equipe reduzida como a nossa (GOE) vai adivinhar qual será o próximo alvo dos bandidos?", justifica Virgolino. "As investigações estão sendo feitas. Cabe à polícia militar intensificar a segurança durante estes dias, à polícia rodoviária, abordar os veículos e barrar a entrada de carros roubados nas rodovias e, à polícia federal, intensificar também as investigações sobre esse grupos, que são interestaduais", desabafa.
Os questionamentos tem sentido. Na maior parte das cidades 'visitadas' pelos bandidos, o efetivo policial disponível era de no máximo três soldados da PM. Muitos chegam a presenciar a chegada dos criminosos, mas diante de armas como fuzis, metralhadoras e espingardas, preservar a própria vida se torna o mais racional. O delegado geral da Polícia Civil, Canrobert Rodrigues, afirmou que o diálogo entre as polícias existe, mas admite que nenhuma operação conjunta foi realizada até o momento para prender acusados de furtos e assaltos a bancos com explosivos aqui na Paraíba. "Esse diálogo é constante, mas ainda estamos em fase de investigação", revelou.
Nem todos os criminosos envolvidos na explosão de bancos na região são especialistas. Muitos chegam a usar até mais explosivos nas ações, o que resulta em destruição até do dinheiro. Mas há aqueles que dão o apoio técnico necessário para uma quadrilha agir desta forma. Nas investigações sobre esses grupos a polícia temidentificado um paraibano, com curso técnico na área de detonação de explosivos, que migrou para o mundo do crime e age com os assaltantes.
Em Pernambuco, a Secretaria de Segurança Pública enviou ofício a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) pedindo mais vigilantes nas agências do estado. Mas nada mudou. As polícias reclamam não ter um apoio efetivo das agências bancárias, no tocante à segurança preventiva. Na quinta, a Febraban divulgou levantamento em que constava apenas 7 explosões de banco na Paraíba. Os dados mostram a desatualização da entidade com o assunto, já que no estado já passa de 20 o total de ataques deste tipo. Isso até o fechamento desta edição.
Fonte: O Norte de João Pessoa http://www.jornalonorte.com.br/2010/11/14/diaadia4_0.php
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