Informação policial e Bombeiro Militar

sábado, 27 de novembro de 2010

Traficantes do Rio: para cada inocente morto em confronto na comunidade, duas pessoas serão assassinadas.

a guerra do rio

Silêncio e ameaças de terrorismo na Rocinha

A Rocinha estava irreconhecível, nesta sexta-feira. O burburinho de pessoas circulando pela comunidade, uma das maiores favelas do Brasil, deu lugar a ruas praticamente desertas. A mudança seria explicada pela notícia de que a polícia teve informações de possíveis reações de traficantes locais, em represália contra as operações na Vila Cruzeiro, na Penha, e no Complexo do Alemão, em Ramos, dominados por facções rivais. O fato reforça a informação de que grupos criminosos se uniram contra as forças de segurança.

Em panfletos distribuídos em estabelecimentos comerciais e nas ruas, os traficantes informavam aos moradores que havia sido selada uma união entre facções, chamadas de “partidos”. Nos panfletos, bandidos afirmavam que, quando houver repressão da polícia, “com derramamento de sangue”, os traficantes vão pegar fuzis e atirar em prédios. Também declaravam que quem compra as drogas são os ricos, mas a polícia vai às favela prender os bandidos. E ameaçavam: para cada inocente morto em confronto na comunidade, duas pessoas serão assassinadas.

Fontes das polícias Civil e Militar se dividem. Uma parte assegura que não há indícios de instabilidade e nega que bandidos da Vila Cruzeiro e do Complexo do Alemão estejam na comunidade. Na madrugada, carros da polícia ficaram estacionados nos acessos à favela, sem que houvesse tiros. Há também informações sobre relatórios confidenciais de fontes da segurança pública de que o clima é de expectativa na favela. O traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, teria se associado ao grupo rival, com medo de que a Rocinha fosse invadida.

A decisão de Nem teria provocado um racha dentro da própria facção criminosa. O traficante Celso Luiz Rodrigues, o Celsinho da Vila Vintém, chefe do tráfico em comunidades da Zona Oeste, que está preso, teria sido contra a postura do bandido da Rocinha.

Depois do Complexo do Alemão e da Vila Cruzeiro, a Rocinha é um dos principais bunkers do tráfico. Além do poderio bélico, é a favela em que os traficantes mais arrecadam. A Polícia Civil estima que, em dois anos, o traficante movimentou R$ 400 milhões. O montante estaria relacionado à distribuição de cocaína, que vinha sendo refinada em laboratórios na comunidade. Para fazer da pasta base de cocaína, Nem contratou, nos últimos dois anos, 217 pessoas, encarregadas de comprar, numa loja no Centro, produtos químicos usados no refino da droga. A 36ª Vara Criminal não aceitou a denúncia por formação de quadrilha contra as 217 pessoas, e o Ministério Público recorreu da decisão.

Fonte: Extra Rio de Janeiro http://extra.globo.com/geral/casodepolicia/posts/2010/11/27/silencio-ameacas-de-terrorismo-na-rocinha-344557.asp

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O autor desse Blog não se responsabiliza pelos comentários aqui postado. Sendo de inteira responsabilidade da pessoa que o fez as consequências do mesmo.