PM pula no Tamanduateí para salvar motorista
Da guarita do Comando de Policiamento de Choque, militar viu jovem se debater após cair com o carro no rio, entrou na água e o resgatou.
23 de novembro de 2010 | 0h 00
Bruno Lupion, Vitor Hugo Brandalise - O Estado de S.Paulo
Eram 2h30 da madrugada de ontem quando Airan Santos Sales, de 24 anos, perdeu o controle de seu Gol na Avenida do Estado, na região central de São Paulo, arrebentou uma grade e caiu no Rio Tamanduateí. O rapaz se debatia na água, tentando deixar o carro, quando foi agarrado pelo braço - era o soldado da Polícia Militar Rogério dos Santos Miranda, segurança do quartel ao lado, que viu o acidente, pulou no rio e resgatou o rapaz.
Da guarita do Comando de Policiamento de Choque da PM, o soldado Miranda viu o carro desgovernado vencer grades e muretas e cair na água. Ainda do alto, viu as mãos do motorista para fora do vidro, "mexendo os dedos no meio da água suja". Miranda pegou corda e lanterna, chamou colegas, correu para a beira do rio e, "em uns dois minutos", estava com a perna esquerda dentro d"água. Puxou o rapaz pelo braço "entrando o mínimo possível no rio, graças a Deus".
"A sorte é que o carro caiu perto da margem, onde é mais raso. Também foi mais fácil puxá-lo com as pernas apoiadas fora do rio. Ele estava desorientado e mal conseguiu agradecer", contou Miranda, chamado de "herói" ao longo de todo o dia. "Pulei no rio por instinto, me senti na obrigação de ajudar. Dá uma satisfação gostosa ter salvado alguém em perigo."
Enquanto esperavam as viaturas do Corpo de Bombeiros, o soldado e o motorista ficaram sentados na beira do Tamanduateí - usaram a lanterna para afugentar "ratos e outros bichos". "Nunca queira ficar dentro desse rio. A escuridão, a água suja, o cheiro. Pediram para eu ficar de olho em sintomas de leptospirose, mas me molhei pouco, então nem precisei me vacinar."
O rapaz não teve a mesma sorte: os cerca de 5 minutos que passou no Tamanduateí o levaram a tomar uma "bateria de vacinas" no Hospital da Santa Casa. Sales teve ferimentos leves e passou a manhã em observação. No início da tarde, recebeu alta.
O soldado Miranda também teve de ser hospitalizado: enquanto esperava Sales ser içado em uma maca, uma marreta que seria usada para tirar o carro caiu em sua cabeça. O soldado desmaiou amarrado a uma corda, pendurado na beira do Tamanduateí. "Passei alguns segundos desacordado e, quando acordei, senti muita dor na cabeça e na boca." Levado ao Hospital Cruz Azul, ele foi medicado e teve de levar três pontos na boca, atingida pela ferramenta.
Da guarita do Comando de Policiamento de Choque da PM, o soldado Miranda viu o carro desgovernado vencer grades e muretas e cair na água. Ainda do alto, viu as mãos do motorista para fora do vidro, "mexendo os dedos no meio da água suja". Miranda pegou corda e lanterna, chamou colegas, correu para a beira do rio e, "em uns dois minutos", estava com a perna esquerda dentro d"água. Puxou o rapaz pelo braço "entrando o mínimo possível no rio, graças a Deus".
"A sorte é que o carro caiu perto da margem, onde é mais raso. Também foi mais fácil puxá-lo com as pernas apoiadas fora do rio. Ele estava desorientado e mal conseguiu agradecer", contou Miranda, chamado de "herói" ao longo de todo o dia. "Pulei no rio por instinto, me senti na obrigação de ajudar. Dá uma satisfação gostosa ter salvado alguém em perigo."
Enquanto esperavam as viaturas do Corpo de Bombeiros, o soldado e o motorista ficaram sentados na beira do Tamanduateí - usaram a lanterna para afugentar "ratos e outros bichos". "Nunca queira ficar dentro desse rio. A escuridão, a água suja, o cheiro. Pediram para eu ficar de olho em sintomas de leptospirose, mas me molhei pouco, então nem precisei me vacinar."
O rapaz não teve a mesma sorte: os cerca de 5 minutos que passou no Tamanduateí o levaram a tomar uma "bateria de vacinas" no Hospital da Santa Casa. Sales teve ferimentos leves e passou a manhã em observação. No início da tarde, recebeu alta.
O soldado Miranda também teve de ser hospitalizado: enquanto esperava Sales ser içado em uma maca, uma marreta que seria usada para tirar o carro caiu em sua cabeça. O soldado desmaiou amarrado a uma corda, pendurado na beira do Tamanduateí. "Passei alguns segundos desacordado e, quando acordei, senti muita dor na cabeça e na boca." Levado ao Hospital Cruz Azul, ele foi medicado e teve de levar três pontos na boca, atingida pela ferramenta.
Fonte: O Estadão http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20101123/not_imp643824,0.php
Nenhum comentário:
Postar um comentário
O autor desse Blog não se responsabiliza pelos comentários aqui postado. Sendo de inteira responsabilidade da pessoa que o fez as consequências do mesmo.