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quinta-feira, 9 de outubro de 2014

16 PMs são presos por elo com o tráfico; propina chega a R$ 300 mil


No Rio, 16 PMs são presos por elo com o tráfico; propina chega a R$ 300 mil

Do UOL, no Rio 
A Secretaria de Estado de Segurança Pública do Rio de Janeiro prendeu na manhã desta quinta-feira (9) 16 policiais militares suspeitos de envolvimento criminoso com traficantes de drogas que atuam na Ilha do Governador, na zona norte da capital fluminense. Entre os detidos, há dois oficiais da corporação: o ex-comandante do 17º BPM (Ilha do Governador), coronel Dayzer Corpas Maciel, e o chefe do serviço reservado (P2) do mesmo batalhão, tenente Vítor Mendes da Encarnação.
Entre outros crimes, os policiais são suspeitos de cobrar propina para liberar traficantes da facção TCP (Terceiro Comando Puro). Os crimes de extorsão mediante sequestro e roubo ocorreram no dia 16 de março desse ano, quando os PMs exigiram R$ 300 mil para resgate dos chefes do tráfico do Morro do Dendê, na Ilha, e de Senador Camará, na zona oeste, ambos do TCP. Apenas o comandante do batalhão teria recebido R$ 40 mil de propina.
A operação --batizada "Ave de Rapina"-- foi desencadeada com base em relatório do setor de inteligência da Secretaria de Estado de Segurança Pública, que contou com o apoio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), órgão do Ministério Público. Além dos 16 mandados de prisão autorizados pela Justiça e cumpridos nesta quinta, foram expedidos 32 de busca e apreensão.
No mês passado, uma ação semelhante de combate à corrupção policial culminou com a prisão do chefe do COE (Comando de Operações Especiais), coronel Alexandre Fontenelle, e de outros 21 policiais.

Proximidade com chefe de facção

A investigação da Seseg e do Gaeco mostra que a quadrilha de PMs que agia na Ilha do Governador tinha relação de proximidade com Fernando Gomes de Freitas, o Fernandinho Guarabu, apontado como chefe do TCP. A facção tem o domínio do comércio de drogas na região.
"De acordo com as investigações, os policiais militares denunciados possuíam estreito laço com traficantes de drogas, em especial com o traficante Fernando Gomes de Freitas, conhecido como Fernandinho Guarabu, identificado como chefe de facção criminosa", informou a Secretaria de Estado de Segurança Pública, em nota.

A extorsão

No dia 16 de março, os PMs do 17º BPM foram informados que cinco traficantes armados sairiam da Ilha pela Estrada do Galeão (próximo ao Aeroporto Internacional Tom Jobim), em um carro vermelho.
Na altura da cabine da PM da Base Aérea do Galeão, o carro foi interceptado e os criminosos foram abordados: André Cosmo Correa Vaz; Rodrigo da Silva Alves; Evenílson Ferreira Pinto; Atileno Marques da Silva, o Palermo; e Rogério Vale Mendonça, o Belo. Em posse dos suspeitos, foram localizados quatro fuzis, 18 granadas, três pistolas, oito carregadores e munição. Os policias também roubaram cordões de ouro e relógios dos bandidos.
Ao chegar ao local da ocorrência, o tenente Vítor Mendes determinou a divisão de tarefas entre os policiais. De acordo com a denúncia encaminhada à Auditoria de Justiça Militar Estadual, ele decidiu levar apenas três traficantes e um fuzil para a 37ª DP (Ilha do Governador).
Palermo e Belo, apontados como chefes do tráfico de drogas do TCP, foram levados para o bairro Itacolomi, também na Ilha, de onde os PMs fizeram contato com uma advogada para negociar o valor do resgate. Os dois foram libertados sete horas depois da prisão, após pagamento de R$ 300 mil.
Os policiais ainda venderam os três fuzis apreendidos para traficantes do Morro do Dendê, por R$ 140 mil. O restante da apreensão foi dividido entre os policiais.
Durante toda a ação, o então comandante do 17° BPM manteve contato por telefone com o tenente Mendes. Na divisão, o coronel Dayzer Corpas Maciel recebeu R$ 40 mil. Oitos policiais que participaram dos crimes, ganharam R$ 1 mil, cada um. Todos serão afastados de suas funções por ordem judicial. (Com Agência Brasil e Estadão Conteúdo)

Violência policial no Rio de Janeiro

38 / 38Divulgação/Secretaria de Segurança do Rio

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