Governador disse que não participou da decisão de abrir processo contra 13 Oficiais da PM.

Capitão Wagner aponta "perseguição" e 

Moroni prega "união" na Polícia

Cid Gomes disse que não participou da decisão de abrir processo contra 13 policiais apoiadores de Wagner

Hébely Rebouçashebely@opovo.com.br



RODRIGO CARVALHO

O deputado estadual eleito Capitão Wagner (PR) acusou o Governo Cid Gomes (Pros) de “perseguição” e disse que os 13 oficiais da Polícia Militar que apareceram em vídeo declarando voto à sua candidatura não cometeram crime. “Seria proibido se estiverem fardados, mas estavam de folga, não envolveram a instituição” disse Wagner na noite de ontem, durante debate na TV O POVO com o deputado federal eleito Moroni Torgan (DEM).

Conforme O POVO publica hoje, 13 policiais responderão a processo disciplinar por terem feito a manifestação de voto em vídeo divulgado na Internet, citando os postos que ocupam na PM. Por meio de sua assessoria, o governador Cid Gomes disse que não participou da decisão. Segundo ele, a iniciativa de abrir os processos foi interna, da Secretaria Estadual da Segurança Pública e Defesa Social.

Durante o debate, Wagner criticou a atuação da Controladoria Geral dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário. “A Controladoria foi criada para punir o mau policial, mas está sendo utilizada para fazer perseguição política” afirmou.

Durante o debate, Moroni defendeu mudanças nas leis federais relacionadas à maioridade penal e disse que promoverá campanhas e manifestações para que chefes de quadrilha que recrutam menores de idade sejam punidos com pelo menos 10 anos de prisão. Em meio ao clima de acirramento entre a Polícia e o Governo, Moroni adotou postura apaziguadora e pregou a “união”. “É preciso governo, polícia, comandante, secretário, sentarem verem as diferenças e se unirem. As pessoas não querem ver briga entre o pessoal que está aí para defendê-las”, pregou.