O Ministério Público Eleitoral (MPE), por meio do procurador Alan Mansur, requisitou à Polícia Federal instauração de inquérito para apurar as denúncias. “É um caso que precisa de uma investigação maior e mais rigorosa por parte da Polícia. Por isso, enviamos um ofício à Polícia, com base no vídeo que apresenta indícios de prática de crime eleitoral”, explicou o procurador. Mansur também se mostrou surpreso com a gravidade dos fatos, uma vez que as negociações de compra de voto ocorreram na porta da unidade policial, que também era usada como depósito para armazenamento de materiais de campanha do filho de Jader Barbalho.
Ontem, o jornal O LIBERAL mostrou imagens do esquema de compra de votos que funcionava ilegalmente dentro do posto da PM, à luz do dia, sob a cobertura e proteção de policiais. O local, que deveria ser usado em favor da segurança pública, funcionava como uma espécie de comitê eleitoral de Helder Barbalho, sem que houvesse qualquer impedimento. Por conta das denúncias, Helder Barbalho pode ter sua candidatura ao governo do Estado cassada, além de se tornar inelegível por oito anos, conforme prevê a Lei da Ficha Limpa.
Na filmagem, com data do último sábado, 18, é possível visualizar claramente que a unidade está sendo utilizada para a comercialização de compra de votos em favor do candidato peemedebista, assim como, para o armazenamento de materiais de campanha e, mais grave ainda, com a cobertura e proteção de policiais militares, que aparecem na filmagem nitidamente para dar segurança aos infratores. O vídeo possui duração de 8 minutos e 22 segundos e foi feito por uma testemunha anônima, que está tendo sua identidade preservada pela justiça, por segurança. “A testemunha, inclusive, já havia denunciado a compra de votos às autoridades policiais, mas nenhuma atitude foi tomada”, afirmou o advogado Fabio Sabino Rodrigues, da coligação “Juntos com o Povo”.
A filmagem levada à Justiça mostra, com nitidez, pessoas ligadas à campanha de Helder saindo e entrando da unidade da Polícia Militar, no Guamá, a todo instante, sem qualquer impedimento. No vídeo, pessoas recebem dinheiro como pagamento de compra de votos e retiram materiais de campanha que são armazenados no local, como bandeiras. Além disso, a maioria dos envolvidos aparece usando camisa na cor azul do Democratas, partido ligado à coligação “Todos pelo Pará”, de Helder Barbalho.
Um dos homens percebe que está sendo filmado e, para disfarçar, retira a bandeira, com o logotipo de campanha de Helder, das mãos de uma mulher, que havia acabado de retirar a bandeira de dentro do posto de atendimento da PM. O abuso e o crime eleitoral ficam ainda mais evidentes quando o mesmo homem aparece retirando nota de R$ 100 do bolso para pagar a mesma mulher. “Os cabos eleitorais também aparecem nas filmagens com uma planilha, na qual possivelmente constam os nomes dos eleitores”, ressaltou o advogado. É possível ver ainda outra mulher guardando o dinheiro do pagamento dentro do sutiã.
Fonte: ORMNEWS E YOUTUBE
Nenhum comentário:
Postar um comentário
O autor desse Blog não se responsabiliza pelos comentários aqui postado. Sendo de inteira responsabilidade da pessoa que o fez as consequências do mesmo.