Segundo testemunhas, agente da Polícia Legislativa agrediu jornalistas e foi acertado na cabeça por uma câmera fotográfica
29 de outubro de 2013 | 19h59 | atualizado às 20h37
Lula foi cercado de fãs e fotógrafos ao deixar plenário da Câmara
Foto: Laycer Tomaz / Agência Câmara
Uma confusão envolvendo jornalistas e seguranças da Câmara dos Deputados deixou um policial legislativo ferido na tarde desta terça-feira durante a passagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela Casa. Testemunhas afirmam que o segurança agia com truculência contra a imprensa quando foi acertado na cabeça por uma câmera fotográfica.
Os jornalistas esperavam, perto da sala da liderança do Partido dos Trabalhadores, por uma entrevista coletiva que Lula prometera antes de uma sessão da Câmara dos Deputados em que foi homenageado. A confusão teve início quando um dos policiais tentou mudar a disposição do cordão de isolamento colocado em frente ao grupo de jornalistas.
Profissionais da imprensa disseram que o agente, identificado como Fernando Araújo, empurrou repórteres, fotógrafos e repórteres na tentativa de criar o bloqueio. Depois de troca de xingamentos, o segurança partiu para cima dos jornalistas, segundo os relatos.
O fotógrafo Ed Ferreira, do jornal O Estado de S. Paulo, afirma que acertou o segurança quando tentava se proteger da agressão do segurança. “Na hora eu não sabia o que fazer. Eu estava com a câmera e me defendi”, disse o fotógrafo, que registrou imagens de Araújo partindo para cima da imprensa. Outro segurança, Caio Marcos Almeida, também sofreu uma pequena lesão na testa ao apartar a briga.
A Polícia Legislativa da Câmara ouve jornalistas e agentes envolvidos na confusão. Também serão analisadas imagens do circuito fechado de vídeo da Casa e imagens da TV Record, que registrou o tumulto. Os policiais têm até 30 dias para concluir a ocorrência, que pode resultar em inquérito ou na assinatura de um termo circunstanciado pelas partes envolvidas.
O segurança Fernando Araújo, que sofreu um corte na cabeça, foi atendido no departamento médico da Câmara e foi ao Instituto Médico Legal (IML) passar por exame de corpo de delito.
Por Terra
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