Família vive com oito tigres e duas leoas em casa no Paraná
História começou há oito anos anos quando Ary Borges, proprietário de um canil, resgatou um casal de tigres em um circo
Maíra Cabral - Estado de Minas
Publicação: 26/09/2013 15:14 Atualização:
Família Borges com um dos tigres na sala de casa |
Sabendo que um tigre adulto pesa, em média, 300 quilos e que, apesar do tamanho, pode aproximar de suas presas em completo silêncio e atacá-las em curta distância usando de seus dentes e garras, que são os maiores entre os carnívoros terrestres, e que a força da sua mordida é uma das mais fortes entre todos os felinos, você teria um animal deste em casa? Pois a família Borges, residente em Maringá, no interior do Paraná, convive em harmonia com oito tigres, que pesam entre 300 e 400 quilos, e duas leoas em casa.
A história começou há oito anos anos quando Ary Borges, proprietário de um canil, resgatou um casal de tigres em um circo. A partir daí, os laços só estreitaram. Hoje, sua mulher, três filhas e a neta de alguns meses brincam, dão mamadeira e até nadam com os bichos na residência da família.
A filha de Ary, Uyara Borges, acha que a boa relação com os animais selvagens, que são mansos, ela garante, foi adquirida a partir do instinto maternal. Domingo é dia de mamadeira na casa e todos - os humanos e os selvagens - adoram! “Eles amam carne, mas é a mamadeira a grande paixão. A amamentação é o que aproxima eles da gente, que ficam mais carinhosos deixam a gente beijar, acariciar e até apertar neste momento”, explica ela.
Normalmente, até completar um ano, os filhotes vivem dentro de casa. A partir daí, Uyara conta que eles ficam muito serelepes e uma das coisas que costumam fazer é pular o muro. A saída é colocá-los, durante o dia, em um recinto cercado. “Todo dia, depois do horário comercial, soltamos eles pra brincar, nadar, gastar energia”, conta ela. Cerca de 10 pessoas, entre familiares e funcionários, ficam por conta dos animais.
Para arcar com os custos, que chegam a R$50 mil mensais quando não há nenhum felino doente, eles mantêm um canil com hospedagem, adestramento e aluguel de cães de segurança e abrem a casa para visitação educacional cobrando ingressos, que custam R$1,5 mil para um grupo de seis pessoas. Os tigres também trabalham em novelas, filmes e fotografam para catálogos de moda.
Todo mundo da família já se machucou e quase todos os visitantes já saiu com uma arranhão. “Isso acontecia mais quando eles eram filhotes. As brincadeiras dos tigres são pesadas e eles não têm muita noção. Mas todo mundo sai daqui achando lindo que levou um arranhão de um tigre”, diverte-se a filha de Ary.
O próximo passo é enfrentar uma briga contra o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que impõe a castração de animais criados em cativeiro. Em fevereiro deste ano, a Justiça Federal decidiu pela vasectomia de todos os animais criados na casa baseado na Instrução Normativa 13, de 6 de dezembro de 2010, do Ibama. A família é contra, pois teme a extinção da espécie.
O plano agora é abrir um parque ecológico na cidade para que os bichos tenham mais espaço. “Não queremos por na cabeça das pessoas ´tenham um tigre em casa´, mas como estão próximos da extinção, apoiamos quem têm condições de criar em cativeiro. Atualmente, um tigre vale mais morto do que vivo.” diz Uyara referindo-se à venda de pele, unhas e dentes da espécie que movimenta milhares de dólares na internet.
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