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segunda-feira, 4 de março de 2013

Irritada, Dilma paralisa processo de escolha para STF



Dilma Rousseff decidiu paralisar o processo de escolha do sucessor do ministro Ayres Britto

Ana Flor, da 



A presidente Dilma Rousseff
 Presidente se irritou com a disputa aberta alimentada pelos apoiadores daqueles que eram os dois principais cotados, afirmaram fontes do govereno
Brasília- A disputa pela vaga em aberto no Supremo Tribunal Federal, que envolveu candidatos e padrinhos de dentro e fora do governo, irritou a presidente Dilma Rousseff, que decidiu paralisar nas últimas semanas o processo de escolha do sucessor do ministro Ayres Britto, segundo fontes do governo ouvidas pela Reuters.
Diferente do que fez nas duas primeiras vagas abertas em seu governo, quando indicou Rosa Weber e Teori Zavascki de forma rápida e sem abrir espaço para muitas disputas, Dilma já leva quase quatro meses estudando o melhor nome para substituir Ayres Britto, aposentado ao completar 70 anos em novembro.
Fontes do governo, ouvidas pela Reuters, afirmaram que a presidente se irritou com a disputa aberta alimentada pelos apoiadores daqueles que eram os dois principais cotados, os advogados tributaristas Heleno Torres e Humberto Ávila, ao ponto de encerrar as discussões e pedir o exame de mais nomes.
Em encontro com o presidente do STF, Joaquim Barbosa, nos últimos dias, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, foi cobrado sobre a indicação, e afirmou que o processo de escolha estava "parado" no Planalto.
À imprensa, Cardozo afirmou apenas que a escolha da presidente seria feita em momento "oportuno". Há expectativa dentro do governo que nome saia ainda em março. A presidente não tem prazo para fazer a indicação.
Ministros da corte afirmam que a falta do 11o ministro sobrecarrega o tribunal e prejudica as pessoas que recorrem ao STF. Em uma sessão, os magistrados chegaram a se queixar que a falta do 11º magistrado atrapalhava decisões, como a modulação de processos.
"Nós temos duas consequências, a primeira é que passamos a atuar em número par, e aí é possível o empate, e a segunda é que o divisor na distribuição dos processos é menor, somos nove hoje (o presidente não entra na divisão dos novos processos que chegam)", disse o ministro Marco Aurélio Mello à Reuters.

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