Informação policial e Bombeiro Militar

terça-feira, 31 de julho de 2012

"A única polícia possível em um Estado de direito é a não militarizada", afirma defensora pública



VIOLÊNCIA POLICIAL


 
Durante uma audiência pública realizada nesta quinta-feira (26/7) no Ministério Público Federal, a defensora pública, Daniela Skromov de Albuquerque, afirmou que São Paulo vive um “absoluto descontrole” da violência praticada pela Polícia Militar do Estado.

O encontro abordou alguns índices relacionados à violência no Estado. Entre as informações apresentadas, a defensora disse que em São Paulo cerca de 20% dos assassinatos são de responsabilidades dos policiais. De acordo com os padrões internacionais, o percentual ‘aceitável’ seria de 3%.

Também presente ao encontro, o procurador da República Matheus Baraldi anunciou que, caso o governo estadual não dê sinais claros que haverá uma mudança na forma da polícia atuar, ele pretende apresentar, nos próximo dias, uma ação civil pública pedindo a troca do comandante da Polícia Militar do Estado de São Paulo.
“É oportuno o momento para se questionar a troca do comando da PM, mas não só a troca, também a luta pela mudança da estrutura ideológica porque essa apologia ao uso da violência excessiva do estado faz com que tenhamos praças excessivamente desequilibrados”, salienta Baraldi.

Além disso, Baraldi afirma que também pretende solicitar que o procurador-geral da República fiscalize, durante um ano, os trabalhos da segurança pública de São Paulo.

Entre os exemplos do excesso de violência da polícia, Daniela comenta que na ditadura militar foram mortos 475 pessoas por motivo políticos, enquanto isso, em São Paulo, a polícia mata, por ano, mais de 500 pessoas. “Tem se visto um crescimento da polícia repressiva e um decréscimo da Polícia Civil. A única polícia possível em um Estado democrático de Direito é a unificada e não militarizada", afirmou.

Com a presença de diversas entidades da sociedade civil, o encontro foi marcado por uma série de relatos acusando polícias militares de agirem de maneira indiscriminada contra a população e de, em diversos casos, praticarem execuções sumárias.
Porém, o Major Olímpio Gomes, deputado estadual pelo PDT, discordou que a polícia militar seja violenta. “Em uma organização onde se tem quase 100 mil homens, seria bizonho, você dizer que não há indivíduos que ser desvirtuam e se tornam criminosos”.
Ele salienta a necessidade de considerar o número de polícias mortos. Segundo o deputado, só em 2012, foram mortos mais de 50 polícias. De acordo com o Major há uma “guerra” em curso e o governo do Estado não admite isso por interesses políticos.

Fonte uol

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