Eu acredito que foi uma armação para tirar o PM do sério já que ninguém quer a PM por lá.

Alckmin diz que agressão da PM a aluno da USP foi exceção e descarta mudanças

Por: Raoni Scandiuzzi, Rede Brasil Atual

São Paulo – O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, comentou nesta terça-feira (10) o vídeo que mostra o sargento da Policia Militar paulista André Luiz Ferreira agredindo um aluno dentro do campus da Universidade de São Paulo (USP). Para Alckmin, o abuso de poder foi um erro isolado e, por isso, não pretende promover ações específicas para evitar que casos assim se repitam.

“Houve um erro, e (o policial) vai ser punido. A polícia tem uma corregedoria muito firme. Nós não toleramos nenhum tipo de abuso”, defendeu o governador que participou da entrega da unidade de pesquisa clínica em oncologia do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp). Na véspera, data da divulgação do vídeo, a Polícia Militar anunciou que Ferreira foi afastado temporariamente da corporação enquanto durar uma sindicância para apurar o caso. Em entrevista coletiva na segunda-feira (9), o comandante da PM Wellington Venezian classificou a agressão como um “destempero emocional” incomum.

Quando questionado se há alguma garantia do governo do estado para que casos como esses não se repitam, Alckmin disse que "não há nenhuma hipótese de garantir que alguém não vá cometer um erro", e reiterou que a polícia está "preparada e treinada para que casos como esses não ocorram". Não foi a primeira vez que os alunos da USP reclamam de excessos por parte da polícia dentro do campus.

Alckmin não vê um clima de revanchismo pela confusão do final de 2011, quando estudantes investiram em uma campanha pela saída da polícia do campus da USP. "O fato é que, depois que a polícia foi para o campus, despencou (o número) de roubo, furto... Não teve mais roubo de automóvel. Então, o resultado é extremamente positivo. A polícia está lá para levar segurança e proteger as pessoas que lá trabalham", afirmou.

De acordo com o governador, todos os policiais, mesmo os que estão alocados na Cidade Universitária, na zona oeste da capital paulista, passam por um rigoroso treinamento antes de ir às ruas.

“Nossos soldados têm um ano de estudos, passam em um concurso difícil, apertado, depois tem a escola de sargentos, escola de oficiais (academia), então há uma preparação enorme.”



Fonte:Rede Brasil Atual