Mobilização e Assembleia na PMBA
Alguns dos principais veículos de informação baianos estão especulando a possibilidade de um movimento reivindicatório no âmbito da Polícia Militar da Bahia (PMBA), após a incidência de manifestações vitoriosas no estado do Ceará e no estado do Maranhão. A expectativa ocorre principalmente em virtude da Assembleia marcada para o dia 31 de janeiro, organizada pela Associação de Praças da Bahia (ASPRA-BA), convocando “todos os policiais e bombeiros militares para a campanha salarial 2012″.
Vale lembrar que em setembro e outubro passado outras duas assembleias ocorreram, quando se cogitava a realização de um novo Movimento Polícia Legal no estado. Desta vez, talvez sustentado pelo referido êxito nos outros estados, a discussão sobre as reivindicações parece ter ganhado eco. Entre as especulações, está a possibilidade da realização de uma paralização pela categoria, assunto que foi discutido pelos presidentes de três associações de policiais militares, inclusive a Associação de Oficiais, em entrevista concedida a um programa de rádio na última quinta.
Como afirma o tenente coronel Edmílson, presidente da Associação dos Oficiais da PMBA (da qual este oficial que vos escreve é associado), ninguém é favor da suspensão do policiamento por parte da polícia militar, porém, como se deve interpretar a postura governamental de “nunca convidar as associações para uma mesa de negociação”, mesmo havendo solicitações formais para isto, e promessas oriundas do Movimento Polícia Legal, ocorrido em 2009? Também copiando a fala do TC PM Edmílson, “não há como negar que há uma insatisfação geral na corporação”, que vive sendo desrespeitada, por exemplo, pelo não cumprimento de leis que garantiriam uma dignidade maior aos policiais, como a Lei da GAP, que automaticamente elevaria o salários dos PM’s baianos.
Apesar da convocação para a Assembleia ter sido uma medida isolada da ASPRA-BA, não é isolado o desejo de mudança e a sensação de defasagem, e é preciso que as associações que representam os policiais se posicionem em relação a este momento. Embora a questão salarial não seja único fator de preocupação, é fator central e indispensável, e deve-se exigir que o governo dialogue sobre esta pauta.
Para isso, é preciso que todos os representantes legítimos (associações, políticos etc) estejam alinhados para defender interesses em uníssono, fundamentados na vontade da tropa. Seja na assembleia do dia 31 (que ocorrerá no Clube dos Bancários de Salvador, às 15h00), seja em qualquer outra oportunidade. Só não se pode admitir a omissão e o silêncio – vergonhoso para qualquer um que se intitule líder, chefe, presidente, comandante, representante. Com a palavra, quem de direito.
Fonte: Abordagem Policial
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