Minas Gerais
Por Tribuna
Uma discussão de trânsito, no fim da tarde dessa sexta-feira (24), acabou com um disparo de arma de fogo na Avenida Brasil, quase esquina com a Rua Benjamin Constant, na região central. Os envolvidos: um escrivão da Polícia Civil e um cabo da Polícia Militar. Segundo a ocorrência, o escrivão, de 25 anos, havia deixado o expediente na delegacia de Santa Terezinha e, quando trafegava com seu veículo pela Ponte Domingos Alves Pereira, ainda no bairro, foi fechado por um Cross Fox, conduzido pelo militar, de 39 anos.
No relato ao delegado de plantão, Francisco Corrêa Rezende, o escrivão contou que, após a manobra, buzinou na tentativa de repreender o militar, mas a partir daí o cabo teria começado a seguir incessantemente seu veículo Astra, ao longo de boa parte da Avenida Brasil. Na altura da Rua Benjamin Constant, com o fechamento do semáforo, o cabo teria parado seu veículo na lateral direita do carro do escrivão e efetuado um disparo contra o automóvel. O tiro atingiu o pneu dianteiro direito do Astra.
Após fazer uso da arma, o militar fugiu. O escrivão relatou ainda que conseguiu anotar a placa do Cross Fox e fez contato com a delegacia regional de Polícia Civil. Em consulta no sistema de dados da polícia, viram se tratar de um militar da ativa em Juiz de Fora.
A delegada regional Sheila Oliveira entrou em contato com o comando da PM, que se dispôs a acompanhar o caso e apresentar o policial à delegacia. O cabo foi preso e levado para a delegacia, mas se reservou no direito de falar somente em juízo. A princípio, ele confirmou a discussão de trânsito, mas negou ter atirado, já que não possui arma particular e não ficaria de posse da arma da corporação. O cabo também não quis se submeter ao exame residuográfico, que detecta vestígios de chumbo na mão do atirador. A perícia, entretanto, acompanhada por dois militares, realizou os trabalhos de levantamento e encaminhou o pneu a uma borracharia, onde foi encontrado o projétil deflagrado.
O cabo foi autuado em flagrante delito por disparo de arma de fogo, mas liberado após pagamento de fiança no valor de R$ 750. O caso será encaminhado ao Ministério Público e à Justiça. Um revólver Taurus, calibre 38, também foi apreendido.
A situação foi tratada com cautela. A delegada regional Sheila Oliveira disse que não iria se pronunciar porque o caso ainda não havia chegado às mãos dela. A Polícia Militar também disse que vai aguardar os resultados das investigações. "Agora é uma questão de aguardar os laudos, depoimentos de possíveis testemunhas e a análise da questão das versões dos envolvidos, que ainda estão contraditórias", comentou o comandante do 27º Batalhão da PM, tenente-coronel Moisés Ricardo Pinto. Ainda de acordo com o tenente-coronel, o militar envolvido não atua na área operacional da corporação por estar dispensado por causa de licença médica.
Fonte: Tribuna Minas
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