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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

PMs denunciam favorecimento de pontos comerciais

PMs denunciam favorecimento de pontos comerciais

Moradores dos bairros do Marco e Bengui denunciaram ao DIÁRIO que viaturas da Polícia Militar estariam favorecendo a segurança de alguns pontos comercias da cidade ao invés de fazer ronda pela comunidade.

Segundo um morador da avenida João Paulo II, que preferiu não se identificar, uma viatura da PM permanece dia e noite ao lado de uma farmácia naquela avenida, e quando esta é solicitada os policiais dizem que não podem sair do local. “Eu já precisei do carro da polícia para realizar a busca de um assaltante aqui próximo de casa, mas os militares responderam que não poderiam se retirar do local porque seguiam ordens superiores para permanecer ali”, denunciou o morador.

A denúncia foi confirmada por militares do 1º Batalhão da PM, que, com medo de represálias, preferiram ficar no anonimato. Segundo eles, a situação apresentada pelos moradores é a mesma em diversos pontos da cidade, onde as viaturas pertencem ao 1º Batalhão.

AUTORIZAÇÃO

“Aqui na rodovia Augusto Montenegro, nas proximidades do novo shopping que está sendo construído, a polícia é obrigada a permanecer com três viaturas, pelo menos umas três horas por dia, de domingo a domingo. E quando recebemos ocorrências via rádio, só podemos nos retirar da área após uma autorização do comando. O que prejudica e muito o nosso trabalho”, reclama um PM da 22ª Zona de Policiamento, que prefere não se identificar.

Ainda de acordo com os militares, no bairro do Bengui, onde, a priori, cinco viaturas estariam disponíveis para fazer ronda pela comunidade, apenas dois veículos circulam nas ruas do bairro. “Os outros três fazem a guarda de patrimônio privado, como um shopping e um condomínio na Augusto Montenegro. Enquanto isso, a população fica cada vez mais abandonada pela segurança. E o pior de tudo é que nós, que estamos na rua, levamos a culpa por isso”, criticou um soldado da PM.

PM CONTESTA

Procurado pela reportagem, o Comando Geral da Polícia Militar respondeu, através da assessoria de imprensa, que desconhece a denúncia dos militares. Segundo a nota enviada pela PM, os locais apontados como de ponto de favorecimento de estabelecimentos comerciais são frutos de levantamentos estatísticos da polícia e que em nenhum momento foram escolhidos para favorecer empresas privadas.

De acordo com a nota da PM, estes locais são chamados de Postos Bases Estratégicos (PBE) e foram instalados propositalmente em “locais de grande incidência de crimes, além de avaliar o fluxo intenso de pessoas e veículos no local e o encontro de vias de deslocamento rápido e de comunicação com as diversas áreas do bairro ou mesmo da cidade”.

CIOP

A respeito de um possível favorecimento de pontos de comércio, a Polícia Militar afirma que os PBEs podem coincidir com locais próximos a empresas, mas, “independente deste ou daquele estabelecimento, o local definido atende a questões técnicas, não havendo qualquer tipo de acordo ou favorecimento, até mesmo pelo fato, no caso ilustrado de uma rede de farmácias, não haver outras unidades da rede com viaturas em pontos de segurança”, afirma a nota.

A PM informa ainda que os PBEs estão aptos a atender as ocorrências solicitadas pela comunidade, mas afirmou que normalmente as viaturas que pertencem a esses postos atendem os serviços acionados diretamente pelo Centro Integrado de Operações (Ciop). (Diário do Pará)

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