Preso em operação da Polícia Civil, ex-árbitro Djalma Beltrami é solto
TJ-RJ concede liberdade ao comandante do 7º BPM, que é suspeito de receber propina para não reprimir o tráfico de drogas
Por G1
Rio de Janeiro
Djalma Beltrami foi detido na última segunda-feira
(Foto: Bruno Gonzalez / Agência O Globo)
Preso na última segunda-feira, durante operação da Polícia Civil, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, o ex-árbitro Djalma Beltrami foi solto na madrugada desta quarta-feira. O plantão judiciário do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) concedeu o hábeas corpus e o comandante do 7º BPM (São Gonçalo) já deixou o Quartel General da Polícia Militar, no Centro.
Beltrami foi preso sob suspeita de receber propina para não reprimir o tráfico de drogas em São Gonçalo. Na terça-feira, dois ex-comandantes-gerais da Polícia Militar saíram em defesa do coronel. Os oficiais dizem que acreditam na inocência de Beltrami e alegam que a prisão foi arbitrária e sem provas. Eles protestaram e alegaram que as gravações apresentadas pela Polícia Civil não são suficientes para incrimina-lo.
Paulista de 45 anos, Beltrami fez parte do quadro de árbitros da Ferj de 1989 a 2011, quando se aposentou por idade em maio. Também foi dos quadros da CBF (1995 a 2010) e da Fifa (2006 a 2008).
Não foram poucas suas passagens polêmicas como árbitro de futebol. Beltrami apitou a Batalha dos Aflitos, como ficou conhecido o jogo decisivo entre Grêmio e Náutico na Série B de 2005. Expulsou quatro jogadores do time gaúcho e marcou dois pênaltis a favor da equipe pernambucana, mas o placar foi de 1 a 0 para os tricolores. Em 2007, ano em que o Corinthians foi rebaixado para a segunda divisão, sua atuação na vitória do Goiás sobre o Inter por 2 a 1, na última rodada, até hoje não é esquecida pela Fiel. Beltrami mandou voltar duas vezes um pênalti que os goianos, rivais do Timão na luta contra a degola, não estavam conseguindo converter. Combinada ao empate entre Corinthians e Grêmio, a vitória do Esmeraldino obrigou o time paulista a disputar a Série B no ano seguinte.
Em 2009, Beltrami deu quatro minutos de acréscimos no segundo tempo de Santos x Atlético-MG, mas encerrou a partida antes do tempo determinado. Ao perceber o erro, recomeçou o jogo. E, aos 50 minutos, anulou um gol legítimo do Santos, que perdeu por 3 a 2.
No Rio de Janeiro, a última vez em que apitou uma final de campeonato estadual foi em 2007, quando o Flamengo foi campeão (em disputa por pênaltis) em cima do Botafogo. No fim da partida, que terminou 2 a 2, Dodô foi lançado em condição legal, mas o assistente anotou impedimento. O atacante alvinegro concluiu para o gol e recebeu de Djalma Beltrami o segundo cartão amarelo, sendo expulso de campo.
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