Rafael Soares
A tropa de 103 policiais militares e civis que tenta um lugar na política pretende gastar até R$ 301 milhões nessas eleições — cerca de R$ 2,9 milhões por candidato. Esse total é o resultado de um levantamento feito pelo EXTRA com base nos limites de gastos informados por cada um dos candidatos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Por político, os gastos vão de R$ 550 mil — previstos por todos os seis policiais postulantes a cargos no Legislativo pelo PSOL — a R$ 6 milhões — caso de seis candidatos, quatro policiais militares e dois civis.
O sargento Guilherme Oliveira, que vai concorrer nas urnas pelo PTN, é um dos policiais que informou ao TSE que deve gastar até R$ 6 milhões. Procurado pelo EXTRA, ele afirma que o valor previsto para os gastos de campanha é decidido pelo partido e não corresponde ao que ele realmente pretende gastar.
— Não tenho esse dinheiro todo, minha campanha vai ser feita no boca a boca. Esse valor é o partido que decide — conta o candidato.
Todos os outros três policiais candidatos pelo PTN também informaram R$ 6 milhões como teto de gastos. O valor é maior do que o previsto por postulantes a cargos de mais destaque, como governador: o candidato ao governo do estado pelo PSOL, Tarcísio Motta, pretende gastar até R$ 750 mil com sua campanha — oito vezes menos do que os PMs Guilherme, Tim Maia (PTN), Leonardo Peres (PTB) e Thiago Pacheco (PDT) e do que os policiais civis Leonardo (PTN) e Nilson O Abençoado (PTN).
Os PMs pretendem desembolsar mais do que os policiais civis nessas eleições: em média, o teto de gastos dos militares é R$ 2,97 milhões, quase R$ 600 mil a mais do que seus colegas civis. Já entre os partidos da bancada da bala, o que prevê mais gastos é o PHS, em que cada um dos 15 candidatos calcula gastos de até R$ 5 mil com a campanha.
A maioria dos agentes candidatos é filiada a partidos nanicos. A maior parte dos policiais postulantes a políticos é filiada ao PHS: 15 ao todo. Em seguida, estão PRTB, com 12, Solidariedade e PTdoB, com 9. Entre os 103 agentes, estão policiais que já tiveram cargos de destaque, como a ex-chefe de polícia Martha Rocha e o ex-comandante da PM, coronel Erir Ribeiro.
A delegada Martha Rocha (PSD) não informou ao TSE que é policial civil. Ao invés disso, se disse servidora pública estadual. Ela pretende gastar até R$ 4 milhões com sua campanha e já recebeu doações de R$ 195 mil — R$ 105 mil do seu próprio partido. Já Erir (PSL) informou gastos de até R$ 5 milhões. Ele ainda não prestou contas à Justiça Eleitoral.
Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/brasil/eleicoes-2014/no-rio-policiais-candidatos-preveem-campanha-de-301-milhoes-13716817.html#ixzz3BQFr7Zo3
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