Santos e Região'Quem puxou o gatilho foi o Estado', diz viúva de PM assassinadoCabo foi morto no dia 2 deste mês em São Bernardo do Campo. Nenhum acusado foi preso até o momento.
Do G1 Santos
A viúva do cabo Marco Pilatti, morto há uma semana em São Bernardo do Campo, concedeu entrevista à TV Tribuna nesta sexta-feira (9). Alice Pilatti falou sobre o caso e disse que quem puxou o gatilho foi o estado. Na última sexta-feira (9), foi realizada a missa de 7º dia do cabo Marco Pilatti, em Praia Grande, no litoral de São Paulo. O policial militar estava há 22 anos na corporação.
De acordo com a investigação da Polícia, o cabo foi assassinado por bandidos que tentaram roubar a moto dele. A câmera de segurança de uma empresa registrou a perseguição ao policial e a fuga dos assassinos. Mas a revolta da viúva Alice Pilatti e da filha, de 20 anos, Daniela Pilatti, não é contra os criminosos. "A polícia não tem culpa do que aconteceu, a culpa é do governo, quem puxou o gatilho não foi o bandido, foi o Estado. Eu acho que o governo tem a possibilidade de fazer algo melhor por essas pessoas, que são carentes e estão ali necessitando. Eu não tenho medo do bandido, eu tenho medo do sistema, tenho medo do governo", diz Alice Pilatti.
O cabo Pilatti trabalhou durante 22 anos na polícia. Alice conta que o marido amava a profissão, e que nunca precisou matar um bandido. Usava a farda para tentar resgatar vidas. "Ele dizia que a polícia não foi feita para matar, ele dizia que a polícia foi feita para resgatar vida, essa era a missão dele. E o modo de ele protestar contra esse sistema era fazer essa parte social que ele fazia, conversando com os adolescentes. Ele dava aula em uma instituição de jiu jitsu, que ele adorava", afirma a viúva.
De acordo com a investigação da Polícia, o cabo foi assassinado por bandidos que tentaram roubar a moto dele. A câmera de segurança de uma empresa registrou a perseguição ao policial e a fuga dos assassinos. Mas a revolta da viúva Alice Pilatti e da filha, de 20 anos, Daniela Pilatti, não é contra os criminosos. "A polícia não tem culpa do que aconteceu, a culpa é do governo, quem puxou o gatilho não foi o bandido, foi o Estado. Eu acho que o governo tem a possibilidade de fazer algo melhor por essas pessoas, que são carentes e estão ali necessitando. Eu não tenho medo do bandido, eu tenho medo do sistema, tenho medo do governo", diz Alice Pilatti.
O cabo Pilatti trabalhou durante 22 anos na polícia. Alice conta que o marido amava a profissão, e que nunca precisou matar um bandido. Usava a farda para tentar resgatar vidas. "Ele dizia que a polícia não foi feita para matar, ele dizia que a polícia foi feita para resgatar vida, essa era a missão dele. E o modo de ele protestar contra esse sistema era fazer essa parte social que ele fazia, conversando com os adolescentes. Ele dava aula em uma instituição de jiu jitsu, que ele adorava", afirma a viúva.
Alice contou também que no dia 1º de novembro, um dia antes da morte do marido, houve uma reunião do comando da Polícia Militar com a corporação, para falar sobre os atentados contra policiais. Ela contou que o marido voltou pra casa chateado com o que ouviu nesse encontro. "Eles tiveram uma reunião no batalhão e disseram que só estavam morrendo policiais envolvidos com bandidos. Quando ele chegou em casa a noite e conversou comigo, ele falou assim: Sabe, não está morrendo só polícia envolvido com crime, está morrendo muito policial honesto e muitos deles eram meus amigos, não procede isso. Eu vi a lágrima pela primeira vez caindo dos olhos do meu marido, eu posso garantir que meu marido não estava envolvido com nenhum crime. Porque se ele estivesse envolvido com algum crime, eu não estaria aqui hoje. Eu estaria com medo de sair na rua, estaria com medo de ficar na minha casa, não estaria dando a minha cara a tapa", afirma Alice.
A filha Daniella Pilatti só tem boas lembranças do pai,e falar sobre ele ainda é muito difícil para a jovem. "Meu pai era um defensor da vida, não podia ouvir alguém falar em pena de morte que logo se opunha, esse foi o maior legado que ele me deixou. Tanto que ao longo de 22 anos, mesmo acompanhado de uma arma e uma farda, nunca se prevaleceu disso, sua maior arma foi os seus princípios, principalmente de amor ao próximo. Só espero que ninguém mais pague o preço que eu e minha família pagamos", diz Daniella.
A Secretaria de Segurança Pública informou que lamenta a morte do cabo Pilatti e que o caso está sendo devidamente investigado. Diz ainda que tanto a Polícia Civil como a Polícia Militar estão trabalhando intensamente para apurar e esclarecer os homicídios de civis e policiais no estado. Segundo a secretaria, um exemplo disso é que até o momento, 170 suspeitos de ataques a policiais já foram identificados e destes, 132 estão presos.
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A filha Daniella Pilatti só tem boas lembranças do pai,e falar sobre ele ainda é muito difícil para a jovem. "Meu pai era um defensor da vida, não podia ouvir alguém falar em pena de morte que logo se opunha, esse foi o maior legado que ele me deixou. Tanto que ao longo de 22 anos, mesmo acompanhado de uma arma e uma farda, nunca se prevaleceu disso, sua maior arma foi os seus princípios, principalmente de amor ao próximo. Só espero que ninguém mais pague o preço que eu e minha família pagamos", diz Daniella.
A Secretaria de Segurança Pública informou que lamenta a morte do cabo Pilatti e que o caso está sendo devidamente investigado. Diz ainda que tanto a Polícia Civil como a Polícia Militar estão trabalhando intensamente para apurar e esclarecer os homicídios de civis e policiais no estado. Segundo a secretaria, um exemplo disso é que até o momento, 170 suspeitos de ataques a policiais já foram identificados e destes, 132 estão presos.
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