Ministério Público investiga concurso da Polícia Militar de Pernambuco
Publicado em 18/01/2017 às 10:03
Atualizada às 15h30
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) converteu em inquérito civil o procedimento que apurava denúncias de irregularidades durante as provas objetivas do concurso da Polícia Militar de Pernambuco. De acordo com o promotor de Justiça Eduardo Cajueiro, a frente do caso, há relatos de “desorganização, em diversos locais, no dia da aplicação das provas”.
O concurso é destinado a preencher 1,5 mil novas vagas na PM. A abertura do inquérito civil foi publicada no Diário Oficial desta quarta-feira (18).
As investigações preliminares tiveram início em maio do ano passado, cerca de um mês após a primeira fase do concurso. No dia das provas, centenas de candidatos questionaram a condução das provas, que teriam sido marcadas por atrasos, uso de celulares, consultas a materiais didáticos e até uso de pontos eletrônicos. Mais de 121 mil pessoas estavam inscritas no concurso.
Nas redes sociais, candidatos chegaram a pedir a anulação das provas objetivas do concurso, mas a Secretaria de Defesa Social (SDS) já afirmou que isso não será possível e informou que tudo ocorreu dentro do previsto e sem incidentes.
Segundo os candidatos, outras irregularidades foram constatadas durante as provas, entre elas o não cumprimento dos horários estabelecidos no edital (alguns locais iniciaram as provas às 9h, quando o correto seria às 8h15); portões abertos para entrada no prédio às 7h45; vídeo mostrando candidatos pulando muro/grade após o fechamento dos portões; prédio que faltou energia e uso de celulares, resumos ou até mesmo apostilas na hora da prova.
Por telefone, na tarde desta quarta-feira (18), o gerente geral de Articulação e Integração Institucional e Comunitária da SDS, Manoel Caetano, reforçou que o concurso aconteceu sem problemas e que está numa fase bem avançada. “Os candidatos aprovados já estão no curso de formação. Em breve, até julho, eles já devem estar reforçando a segurança”, pontuou.
Presos durante concurso da PM
No dia das provas objetivas, 13 pessoas, entre elas professores de cursos preparatórios, foram presas suspeitas de envolvimento em esquema criminoso para venda de gabaritos aos candidatos. No total, cada interessado deveria pagar R$ 2 mil e, caso aprovado na seleção, pagaria mais R$ 30 mil por meio de créditos consignados. Após um mês de investigações, a Polícia Civil conseguiu prender a quadrilha durante as provas e evitar essa fraude.
Fonte: Jornal do Commercio
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