Gajope externa preocupação com criminalidade e com situação das polícias em Pernambuco
Publicado por jc NE10
O Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares (Gajop) divulgou nota em que cobra do Estado iniciativas que permitam à polícia “agir de forma proporcional e equilibrada”, para combater o crime “protegendo a população, e sendo capaz de administrar conflitos”. A ONG de Direitos Humanos com status Consultivo Especial junto ao Conselho Econômico e Social da Organização das Nações Unidas, externa sua preocupação com o crescente número de mortes de policiais no Estado de Pernambuco. Posição foi divulgada em nota distribuída pela entidade, na qual lembra que em 2015 já somam 17 os policiais mortos no estado. “Só neste final de semana, foram registradas duas mortes: uma policial civil, vítima de latrocínio em Abreu e Lima no sábado (29), e outra de um policial militar, morto pelo próprio colega de trabalho dentro de uma viatura, por haver divergência entre eles quanto à questão das cotas raciais”. Lembra, no entanto, que a situação não é grave só em Pernambuco.
“O panorama das ameaças contra agentes de segurança no País é extremamente preocupante. Recentemente o Fórum Brasileiro de Segurança Pública revelou que 75,6% dos agentes de segurança entrevistados já foram ameaçados em serviço e que 53,1% fora dele. A mesma pesquisa aponta que esta situação implica na mudança de hábitos destes profissionais que evitam, por exemplo, a utilização do transporte público (61,8%) e (35,2%) procuram esconder suas fardas.O fato é que estamos diante de uma conjuntura em que a criminalidade em Pernambuco aumenta progressivamente. Neste cenário, sem a valorização das polícias e a ausência de garantias plenas de condições materiais e objetivas de trabalho, não seremos, enquanto sociedade, capazes de garantir o direito à vida e à integridade da população como um todo de forma responsável e republicana”, afirma o Gajope.
Enfoca, ainda, a necessidade de um preparo melhor para policiais que vão atuar nas ruas. “Também é importante ressaltar a necessidade de investimento na carreira e capacitação profissional, diante da grande deficiência nos processos de seleção, formação e acompanhamento psicossocial dos agentes de segurança. É preciso, assim, que o profissional que está nas ruas combatendo o crime, venha a proteger a população sendo capaz de administrar conflitos, e pautado em uma orientação, oferecida pelo Estado, que o permita agir sempre de forma proporcional e equilibrada”.
Por fim, se solidariza “com os familiares dos policiais assassinados e com a luta por melhores condições do exercício da profissão sempre baseado nas diretrizes fundamentais dos Direitos Humanos e da Cidadania de todas e de todos, além de exigir que esses casos, assim como os tantos outros crimes violentos letais intencionais ocorridos em Pernambuco, sejam investigados com celeridade e os seus autores responsabilizados na forma da lei” O final de semana foi marcado por três ocorrências, envolvendo policiais. Na sexta, o delegado Joel Venâncio foi assaltado. Levaram até sua arma. No sábado, a agente policial Tatiana Ribeiro de Melo foi assassinada em assalto. E no domingo, o cabo Adriano Batista foi morto a tiros por um colega de trabalho, o soldado Flávio Oliveira da Silva.
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