Uma mulher foi detida neste domingo (21), no velório da policial militar Drielle Lasnor de Morais, que acontece no Cemitério Jardim Sulacap, na Zona Oeste do Rio, desde as 23h deste sábado (20), após ter fotografado o corpo dentro da capela. Ela tentou escapar, mas foi cercada por parentes, familiares e PMs que estão no local. Drielle foi enterrada às 14h43.
rosto (Foto: Reprodução / Globo)
A mulher, que não teve a identidade revelada, apagou a imagem logo após enviá-la via celular, informou a PM. Após discussão presenciado pelo G1, ela foi levada por três policiais para uma delegacia. As agentes não souberam informar para qual delegacia ela seria encaminhada.
O velório da policial militar Drielle Lasnor de Morais foi marcado pela indignação de familiares e amigos. Atingida por um tiro na cabeça na Estrada da Água Branca, Realengo, na Zona Norte, durante uma perseguição no dia 29 de maio, a PM faleceu neste sábado (20).
A família da jovem, que tinha 24 anos, revive o drama de perder um ente querido a serviço da polícia. O pai de Drielle era sargento da PM e foi assassinado há dez anos, trabalhando. A soldado estava internada no Hospital Estadual Alberto Torres, em São Gonçalo, Região Metropolitana, desde maio - quando foi atingida no rosto durante uma perseguição.
"Que desmando é esse que continuam morrendo policiais? Há dez anos, o pai dela, que era sargento do 14º Batalhão, o mesmo que ela servia, morreu com 16 tiros pelas costas em serviço. Agora, acontece a mesma coisa com ela. Não adianta as autoridades mandarem notas através da imprensa e órgãos oficiais. Isso vai até quando? Ela é mais uma vítima militar desprotegida pelo sistema", desabafou um familiar de Drielle, que preferiu não se identificar, mas também é militar.
Cerca de 200 pessoas se despediam de Drielle em torno de 13h. Todas usam fitas pretas na lapela. Policiais militares fizeram um protesto contra a morte de policiais e pediram "mudança na legislação penal".
Drielle Lasnor (Foto: Cristina Boeckel / G1)
Paixão pela polícia
Antes de Drielle ser policial, ela trabalhava em um banco. A jovem era formada em administração de empresas e cumpriu parte do curso de engenharia. Havia um ano que estava na Polícia Militar e três meses no patrulhamento das ruas, que "era a sua paixão". "Ela amava o que fazia. Preferiu ir para a rua do que fazer carreira administrativa", diz o mesmo parente.
Amigos e parentes questionaram o tempo de preparo dos policiais que fazem o policiamento da cidade. Drielle trabalhava no 23º Batalhão e foi para o 14º Batalhão, o mesmo onde o pai trabalhava.
A informação do óbito da soldado do 14º BPM (Bangu) foi confirmada pela Secretaria Estadual de Saúde. O estado de saúde de Drielle era grave.
Perseguição em Realengo
Uma parente, que não quis se identificar, disse ao RJTV - na época que o crime ocorreu -, que a PM era uma pessoa maravilhosa e gostava de ajudar os outros.
“Ela é uma pessoa maravilhosa. Tem um coração assim enorme. Faria qualquer por qualquer um, qualquer coisa. Muitas dor, desespero. Quase uma perda. É muito, muito forte”, desabafou.
A corporação, na ocasião, declarou que a soldado Drielle Lasnor de Moraes havia sido socorrida e levada para o Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, no entanto, depois transferida para o Hospital Estadual Alberto Torres.
Suspeitos
De acordo com o comandante do 14º BPM (Bangu), coronel Friederick Minervini, os três suspeitos conseguiram fugir após o veículo bater no muro de uma igreja. Entretanto, a PM conseguiu prender dois deles. Gustavo Marques de Assunção, de 26 anos, e Rafael Paiva de Oliveira, de 22 anos, foram encaminhados à 34º DP (Bangu).
Segundo a Polícia Civil, com os criminosos foram apreendidos duas pistolas, uma mochila, um rádio transmissor e um caderno com anotações do tráfico. Eles vão responder por tentativa de homicídio, porte ilegal de arma e associação para o tráfico de drogas.
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