Representante de associação militar promete vingança após morte de soldado na Maré
Em um vídeo compartilhado nas redes sociais, Pedro Emanuel Torres, presidente da associação SOS Militares e ex-cabo do Exército, convoca agentes da segurança pública para uma retaliação contra a morte de soldados e policiais. “Queria aqui pedir a atenção de cada um dos senhores do Rio de Janeiro, militares, agentes de segurança, guardiões da legalidade, de um modo geral. Para cada militar que vier cair aí no Rio de Janeiro, no mínimo dez imundos e cretinos nos estaremos devolvendo mortos para seus familiares e em especial para os direitos humanos”, declara Torres.
A “convocação” estipula até mesmo uma data para a vingança, que seria cumprida até o Natal deste ano. “Vamos encher o inferno de imundos e desgraçados até dezembro. Antes de 24 de dezembro estaremos devolvendo todos eles mortos para os seus familiares. E a senhora mãe que acoberta seu imundo, seu verme, desgraçado, seu rasgado. vamos executar o seu filho e te devolveremos morto ele”.
Ao final da gravação, Torres ataca a Presidente da República Dilma Rousseff, a quem chama de “porcaria de guerrilheira”, e o Ministro da Defesa, Celso Amorim. “Militares das forças armadas, vamos nos unir, tendo em vista que nosso comandante é um covarde frouxo e omisso, recebe ordem de uma guerrilheira, de uma terrorista, matou um embaixador no sul do brasil e hoje você presta continência pra uma porcaria de uma guerrilheira”.
Na última sexta-feira, o cabo do Exército Michel Augusto Mikami, de 21 anos, que integrava a Força de Pacificação do Complexo da Maré, morreu depois de ser baleado na cabeça durante um patrulhamento. Michel foi o primeiro militar das Forças Armadas a morrer desde o início da implantação das UPPs, em 2008. Segundo Torres, a morte do soldado foi a gota d’água para a revolta dos colegas e o vídeo, assim como a proposta de vingança, apenas um “desabafo”.
— É a forma que infelizmente o sistema nos obriga. O vagabundo tem quem o defenda. Se não for dessa forma, de que forma será? O profissional está perdendo, a pessoa que foi alvo, a família não tem nenhuma resposta. Então penso dessa forma: matou, morre dez de outro lado. Essa é a forma que infelizmente o sistema faz com que o profissional de segurança trabalhe. O certo, no meu ponto de vista, é conforme as condições e oportunidades tirar de circulação, é o meu ponto de vista radical — afirma Torres, que estaria afastado do Exército há quatro anos para “tratamento médico de diabetes”.
Torres revelou ainda que a SOS Militares, da qual participariam não só membros das Forças Armadas, mas também policiais e bombeiros, já estaria realizando “articulações” em pelo menos onze estados para pedir mais segurança para os profissionais da área. Ele não informou de que forma seriam feitas estas reivindicações. Ainda segundo ele, a revolta traduzida em execuções não atingiria inocentes. O militar afirma ainda ter conhecimento da formação de grupos extremistas em alguns estados e chega a citar um “motoqueiro fantasma” que atuaria em Minas Gerais. Torres criticou ainda o projeto de lei que pretende extinguir os chamados “autos de resistência”, como são tipificadas as mortes em confronto.
— O militar é profissional, ele sabe o que está fazendo. Quando aperta o dedo, sabe porque está apertando. Somos profissionais e estamos capacitados para portar armamento de guerra, capazes de distinguir o bom e o mal e conforme as condições e oportunidades, a gente manda lá para baixo. Não vou descartar a morte de inocentes, mas isso é infelizmente a guerra civil que a gente vive hoje no Brasil. Estamos nos organizando pelos meios cabiveis, mas a qualquer hora podem surgir grupos extremistas, como a época da nossa presidente.
No primeiro semestre de 2014, o número de mortes em confronto com a polícia, os chamados “autos de resistência”, aumentou mais de 42% em relação ao mesmo período do ano passado no Rio de Janeiro, segundo números do Instituto de Segurança Pública do estado.
Procurada, a assessoria de imprensa do Exército Brasileiro informou não compactua com quaisquer irregularidades e repudia veementemente a atitude de Torres. A corporação afirmou ainda que está cooperando com as investigações sobre a morte de Michel e que ainda está apurando se Torres ainda consta no quadro do Exército.
Confira a nota do Exército na íntegra:
O Centro de Comunicação Social do Exército informa o que se segue:
1. Cabe destacar que o Exército Brasileiro sempre age dentro das leis, normas e regulamentos vigentes no País.
A Instituição não compactua com qualquer tipo de irregularidade, repudiando veementemente atitudes dessa natureza.
2. Sobre essa situação específica, é importante destacar, que o Exército Brasileiro confia e acredita nas Instituições, responsáveis pelo esclarecimento do fato, dentro dos parâmetros legais.
A Força Terrestre vem cooperando com aquelas Instituições, responsáveis por tomar todas as providências previstas para a solução do ocorrido.
3. O Exército Brasileiro está buscando confirmar se a pessoa que aparece no vídeo, é militar.
A “convocação” estipula até mesmo uma data para a vingança, que seria cumprida até o Natal deste ano. “Vamos encher o inferno de imundos e desgraçados até dezembro. Antes de 24 de dezembro estaremos devolvendo todos eles mortos para os seus familiares. E a senhora mãe que acoberta seu imundo, seu verme, desgraçado, seu rasgado. vamos executar o seu filho e te devolveremos morto ele”.
Ao final da gravação, Torres ataca a Presidente da República Dilma Rousseff, a quem chama de “porcaria de guerrilheira”, e o Ministro da Defesa, Celso Amorim. “Militares das forças armadas, vamos nos unir, tendo em vista que nosso comandante é um covarde frouxo e omisso, recebe ordem de uma guerrilheira, de uma terrorista, matou um embaixador no sul do brasil e hoje você presta continência pra uma porcaria de uma guerrilheira”.
Na última sexta-feira, o cabo do Exército Michel Augusto Mikami, de 21 anos, que integrava a Força de Pacificação do Complexo da Maré, morreu depois de ser baleado na cabeça durante um patrulhamento. Michel foi o primeiro militar das Forças Armadas a morrer desde o início da implantação das UPPs, em 2008. Segundo Torres, a morte do soldado foi a gota d’água para a revolta dos colegas e o vídeo, assim como a proposta de vingança, apenas um “desabafo”.
— É a forma que infelizmente o sistema nos obriga. O vagabundo tem quem o defenda. Se não for dessa forma, de que forma será? O profissional está perdendo, a pessoa que foi alvo, a família não tem nenhuma resposta. Então penso dessa forma: matou, morre dez de outro lado. Essa é a forma que infelizmente o sistema faz com que o profissional de segurança trabalhe. O certo, no meu ponto de vista, é conforme as condições e oportunidades tirar de circulação, é o meu ponto de vista radical — afirma Torres, que estaria afastado do Exército há quatro anos para “tratamento médico de diabetes”.
Torres revelou ainda que a SOS Militares, da qual participariam não só membros das Forças Armadas, mas também policiais e bombeiros, já estaria realizando “articulações” em pelo menos onze estados para pedir mais segurança para os profissionais da área. Ele não informou de que forma seriam feitas estas reivindicações. Ainda segundo ele, a revolta traduzida em execuções não atingiria inocentes. O militar afirma ainda ter conhecimento da formação de grupos extremistas em alguns estados e chega a citar um “motoqueiro fantasma” que atuaria em Minas Gerais. Torres criticou ainda o projeto de lei que pretende extinguir os chamados “autos de resistência”, como são tipificadas as mortes em confronto.
— O militar é profissional, ele sabe o que está fazendo. Quando aperta o dedo, sabe porque está apertando. Somos profissionais e estamos capacitados para portar armamento de guerra, capazes de distinguir o bom e o mal e conforme as condições e oportunidades, a gente manda lá para baixo. Não vou descartar a morte de inocentes, mas isso é infelizmente a guerra civil que a gente vive hoje no Brasil. Estamos nos organizando pelos meios cabiveis, mas a qualquer hora podem surgir grupos extremistas, como a época da nossa presidente.
No primeiro semestre de 2014, o número de mortes em confronto com a polícia, os chamados “autos de resistência”, aumentou mais de 42% em relação ao mesmo período do ano passado no Rio de Janeiro, segundo números do Instituto de Segurança Pública do estado.
Procurada, a assessoria de imprensa do Exército Brasileiro informou não compactua com quaisquer irregularidades e repudia veementemente a atitude de Torres. A corporação afirmou ainda que está cooperando com as investigações sobre a morte de Michel e que ainda está apurando se Torres ainda consta no quadro do Exército.
Confira a nota do Exército na íntegra:
O Centro de Comunicação Social do Exército informa o que se segue:
1. Cabe destacar que o Exército Brasileiro sempre age dentro das leis, normas e regulamentos vigentes no País.
A Instituição não compactua com qualquer tipo de irregularidade, repudiando veementemente atitudes dessa natureza.
2. Sobre essa situação específica, é importante destacar, que o Exército Brasileiro confia e acredita nas Instituições, responsáveis pelo esclarecimento do fato, dentro dos parâmetros legais.
A Força Terrestre vem cooperando com aquelas Instituições, responsáveis por tomar todas as providências previstas para a solução do ocorrido.
3. O Exército Brasileiro está buscando confirmar se a pessoa que aparece no vídeo, é militar.
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